LP RAY CONNIFF 'S HOLLYWOOD
1971
CBS 137070
Aqui temos novamente o inimitável estilo de Ray Conniff em outro programa de músicas de dança em mais um LP da série 'S'S'S'S'S e, desta vez, focalizando Hollywood. Tôdas as canções aqui contidas, menos duas tiveram sua origem em Hollywood e essas duas só se tornaram bem conhecidas depois de figurarem em produções cinematográficas.
Aqui vai a relação das músicas com seus respectivos filmes:
Love Is a Many Spledored Thing – canção tema do filme de 1955. “O Suplício de Uma Saudade” e de autoria de Paul Francis Webster e Sammy Fain
Thanks For The Memory – música do filme “The Big Broadcast of 1938” de autoria de Leo Robin e Ralph Rainger.
Easy to Love – melodia de Cole Porter surgida em 1936 na película “Born to Dance”
Pacific Sunset – linda melodia escrita em 1958 por Ray Conniff e incluída em filme ainda não lançado.
Cheek to Cheek – música de Irving Berlin e do filme “O Picolino” de 1935
My Heart Stood Still – da dupla famosa Richard Rodgers e Lorenz Hart. Melodia que teve origem na peça da Broadway “A Connecticut Yankee”, de 1927. Já foi incluída em uma produção cinematográfica.
Please – música de Leo Robin e Rauph Rainger incluída em 1932, na primeira versão de “The Big Broadcast”.
Love Letters e Laura – dois números de 1945 que foram temas dos filmes “Cartas de Amor” e “Laura”, respectivamente dois autores Edward Heyman – Victor Young e Johnny Mercer – David Raksin.
Stella by Starlight – do filme “The Uninvited” de 1945. Canção de autoria de Ned Washington e Victor Young.
Yesterdays – música de “Roberta” e “Lovely to Look At” de autoria de Otto Harbach e Jerome Kern, surgida no palco pela primeira vez com “Roberta” antes que a peça se transformasse em filme.
Might As Well Be Spring – música premiada pela Academia e lançada pela dupla de compositores Richar Rodgers e Oscar Hammersteins II em “Corações Enamorados”, filme de 1945,
DIFUSORA. SÃO PAULO – JUBILEU DE PRATA
Por favor não estranhem êste título. Vamos explicar tudo já. Não é todo dia que uma estação de rádio comemora 25 anos de vida. Discos Colúmbia sabem que a Difusora São Paulo, uma das mais antigas e simpáticas emissoras do Brasil comemora agora no dia 24 de novembro de 1959, 25 anos de atividades. Escolhemos então o artista que esteve em maior evidência justamente neste ano de 1959 para prestar uma pequena homenagem à Difusora São Paulo, a homenagem consistiu em submeter a seleção aqui contida aos programadores dessa emissora e fazer com que cada um escolhesse o número de sua predileção; e aí vai o que cada um dos rapazes que movimentam a Difusora escreveu sôbre sua melodia predileta:
REINALDO EUSEBIO (programador) – é fato incontestável que nossas vidas são constantemente enriquecidas por uma infinidades de grandes momentos. Momentos que assinalam não simplesmente um número de importantes fases em nossa existências mas que, dependendo da ocasião, se apresentam cheios de felicidade, nostalgia ou amor. Não importa que sejamos, cada um dêstes momentos tem um denominador comum. A sua expressão musical enche os corações de indeléveis recordações, assim como quando eu ouço “Stella By Starlight”.
RENATO e REGIS CARDOSO – se você já gostava, como nós, de “Easy to Love”, vai ficar gostando mais ainda – como nós – ao ouvir o arranjo que Ray Conniff apresenta aqui. Conhecemos um sem número de interpretações dessa música, mas nenhum tratamento dado até agora é mais sugestivo, se coaduna melhor com a sua “mensagem”, que êste aqui apresentado. Ouçam e vejam como é...”Easy to Love” com Ray Conniff.
ERLON CHAVES (“A discoteca do maestro Chaves”) - um punhado de notas conta o nosso destino:
Colcheias rápidas de olhares furtivos...
Semínimas breves de breves encontros...
Mínimas calmas do primeiro beijo...
Semibreves longas como nosso amor...
Um punhado de notas conta o nosso destino:
“Yesterdays”.
JOSE CLAUDIO (“Viva meu Samba”) - é interessante, mas esta música provocou a minha imaginação justamente numa época não muito longíngua em que eu esperava uma carta que...afinal chegou às minhas mãos. É por isso que até hoje, quando ouço “Love Letters” esqueço tudo e só fico pensando numa coisa: é por isso que gosto de “Cartas de Amor”...
LUIS NORIEGA (“Almoço com música”) - já me perguntaram se “Laura” é mania, lembrança de algum momento especial ou simplesmente um favoritismo apaixonado pela melodia. A verdade que a composição da dupla Mercer – Raksin é para mim, titular absoluta de tôdas as ocasiões, não havendo preferência destacada por esta ou aquela interpretação ou orquestração. A Colúmbia nos tem dado verdadeiras jóias em gravações de “Laura”: Paul Weston, Morton Gould, Frank Sinatra e o autêntico concêrto do pianista Valentino Liberace com a orquestra de Paul Weston, algo que faltava com relação a “Laura” nos é dado conhecer através do presente LP com orquestra e côro de Ray Conniff em mais um dos fabulosos arranjos do extraordinário musicista. Reforço magnífico para as “lauras” que já possuo.
RENATO MACEDO (“Revista do Cinema”) - em 1930 Bing Crosby, nascido Harry L. Crosby (como escreveria em sua coluna Matos Pacheco), fazia parte de um trio vocal da orquestra de Paul Whiteman, juntamente com Al Rinker e Harry Barris. Então veio o filme “O Rei do Jazz” e êle foi notado pelos “olheiros” da Paramont que o lançaram no estrelato em 1932 no filme “The Big Broadcast” exibido aqui em 1933 com o título de “Ondas Sonoras de 1933”. Nesse filme Bing popularizou a bonita melodia que é “Please”, surgida desde então em arranjos e interpretações de vários tipos até que foi incluída neste maravilhoso LP do consagrado Ray Conniff. Você vai adorara as faixas dêsse gosto LP, principalmente “Please”.
LIMA DUARTE (“PRF – Música”) - a primeira vez que ouví esta melodia não era primavera. Chovia muito e era inverno. Mas ao ouví-la, senti-me como se estivesse num jardim belamente florido e perfumado. Daí em diante passei a admirar mais, Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II – êles haviam conseguido quase um milagre, mesmo notando que a orquestra que executava o número era não muito brilhante e a cantora relativa. Eu invejo você que vai poder ouvir esta música assim como ela foi gravada aqui. Você sentirá como eu que, se for inverno, também pode ser primavera....IT MIGHT AS WELL BE SPRING
FRANCO NETO (“Quem escolhe sou eu”) - constantemente falamos sôbre música, discutimos sôbre música, trabalhamos com música. Muitas são as composições que nos chamam a atenção e que chegam mesmo a nos extasiar. Ouvimos a pouco tempo um LP Colúmbia com Sinatra, que continha a música por nós escolhida. Ficamos encantados. Ouvimos, ouvimos, ouvimos...pois bem, ela aqui está: “Cheek to Cheek” com Ray Conniff sua orquestra e vozes.
ARRUDA NETO (“Só Música”) - a vida é cheia de fases, ciclos e, principalmente no nosso ambiente, muitas dessas fases são marcadas pela música. “Love is a Many Splendored Thing” marcou uma boa fase da minha vida. Eis porque, além de apreciá-la na voz de Roy Hamilton e do nosso inesquecível Almir Ribeiro, gostaria de vê-la gravada por essa espetacular orquestra que é a de Ray Conniff. Parece que advinharam e Ray gravou a “minha” música.
KALIL FILHO (“Escala Musical Colúmbia e Club do Ar B-7”) - desde a interpretação de Margaret Whiting sempre gostei de ouvir essa “My Heart Stood Still”. Agora, do jeito como ouvi aqui, achei novo encanto no número, um espetáculo. E seria só isso se eu não fizesse questão de notar o seguinte: quase nunca aparece um LP com uma seleção tão ótima quanto esta. Nunca vi tanta música bonita reunida num só LP. Ray Conniff além de ser o excelente maetro-arranjador que é, é um homem que sabe das coisas. Quando você pensa que êle não pode apresentar nada de novo, tome novidade. Bom, fico esperando a próxima.
ABELARDO BARBOSA (“Cassino do Chacrinha”) - nunca ouvi “Pacifi Sunset”. Não ouvi mas gostei demais. Gosto do Ray Conniff porque êle sempre grava com um caldeirão na cabeça e um cacho de bananas dependurado no pescoço. Terezinha!...
MAURO PIRES (“Programa da Saudade”) - gosto de tudo quanto é música e dou razão a quem afirmou que a música é a linguagem universal. Em se tratando de música, apenas música instrumental, aprecio em pé de igualdade uma página romântica e um trabalho alegre. Dentro da música típica de Hollywood, sempre gostei daquela saída da inspiração de Victor Young. E, dentre as composições de Young, para mim, a preferida é Cartas de Amor. E com um tratamento de Conniff então...
À Difusora, os parabéns e o abraço de
TODOS NÓS.
Tienda Cafe Con Che
Porque é Imprescindível Sonhar
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