quarta-feira, 10 de setembro de 2008

LP LES SWINGLE SINGERS E O BARROCO PHILIPS MONO


LP LES SWINGLE SINGERS E O BARROCO

PHILIPS

SLP 9170

MONO

Johann Sebastian Bach (1685-1750), como todos sabem, foi chantre em Leipzig e pai de 19 filhos. Mas o que poucos sabem é que êle contribuiu, e muito para o prestígio dos Swingle Singers.

Êste extraordinário grupo vocal, que surgiu em meado do século XX – mas precisamente, em 1962, não poderia deixar de prestar nova homenagem ao seu Mestre, depois do sucesso que lhe trouxe o primeiro disco, inteiramente consagrado às suas obras. Esta é a razão porque aqui encontramos, em grande maioria, obras dêle próprio.

Mas os Swingle acharam que o tributo não estaria completo se não apresentasse música de sua família e de seus amigos. Foi assim que nasceu êste segundo disco, composto de peças de autores de sua preferência ou dos quais êle foi mestre.

Notemos, com prazer, a alegria e o respeito que caracterizam as interpretações dos Swingle Singers, e, também, como as qualidades vocais do conjunto foram aperfeiçoadas.

Contudo, a maior parte das obras aqui interpretadas apresenta dificuldades ainda maiores. No primeiro disco só havia peças para piano; neste, os Swingle Singers cantam peças escritas para orquestra, cujas partituras mereceram o mesmo respeito e cuidado dispensado às obras para piano.

É o caso, por exemplo, de Badinerie, de J. S. Bach, que inicia, de modo brilhante, o disco. Podemos acompanhar no menor trecho da orquestração, composta originalmente para quarteto de cordas, o solo da flauta, onde reconhecemos, sem nenhuma dúvida, a festiva voz de soprano da Sinfonia do primeiro disco, e até mesmo a parte do cravo...igualmente cantada.

Mais surpreendente ainda é a sensação de som orquestral, no Allegro do Concêrto grosso, de Haendel, que nos permite também ouvir alguns solistas que se destacam em frases muito curtas. Podemos apreciar, igualmente, o realismo impressionante dos pizicatos acompanhando o solo do Largo, de J. S. Bach tratado – como diremos?, um pouco no estilo de Miles Davis...

porém, a dificuldade atinge o máximo, sem dúvida, no Solfeggietto, de K.P.E. Bach, duma ligeireza que nos deixa atônitos. Embora o tempo de execução seja de um minuto apenas, para gravá-lo foram necessários quinze dias de ensaios.

Temos aqui peças dos próprios filhos de J.S.Bach, mas nenhuma outra a semelhança de composição aparece melhor do na Fuga extraída do Estro Armonico, de Vivaldi: acha-se ela de tal modo dentro do espírito de Bach que êle próprio transcreveu-a para órgão.

Aliás, essa obra teve um destino bem complicado, pois quando da morte de J.S.Bach seu filho W. Friedman achou-a entre papéis herdados de seu pai. Então, gostando dela, Friedman assinou-a como sendo sua e durante muito tempo foi conhecida como Concêrto de W.F. Bach. Sòmente mais tarde é que descobriram que Friedman tinha apenas cinco anos quando a obra foi composta, não podendo, por conseguinte, tê-la escrito.

Arranjos: Ward Swingle

Contrabaixo: Guy Pedersen

Bateria: Gus Wallez

LADO 1

BADINERIE  Bach Da Suite em si menor

ARIA Haendel Da Sute Para Cravo em mi menor

GIGA Bach Da Suite Para Violoncelo em Do Maior

LARGO Bach Do Concerto Para Cravo em fa menor

PRELUDIO Bach Do Cravo Bem Temperado Vol 1

PREAMBULO Bach Da Partita Nº 5 em Sol Maior

LADO 2

FUGA Vivaldi Arranjo Bach Do Estro Armonico op 3 nº 11

ALLEGRO Haendel Do Concerto Grosso op 6 nº 4

PRELUDIO Bach Do Cravo Bem Temperado vol 2

SOLFEGGIETTO K P E Bach

PRIMAVERA W F Bach

PRELUDIO Nº 24 Bach Do Cravo Bem Temperado Vol 2

Tienda Cafe Con Che

Porque é Imprescindível Sonhar

Um comentário:

Anônimo disse...

olá
gostaria de fazer o download.É possivel?como?
grata-Beth SP