LP LES SWINGLE SINGERS E O BARROCO
PHILIPS
SLP 9170
MONO
Johann Sebastian Bach (1685-1750), como todos sabem, foi chantre em Leipzig e pai de 19 filhos. Mas o que poucos sabem é que êle contribuiu, e muito para o prestígio dos Swingle Singers.
Êste extraordinário grupo vocal, que surgiu em meado do século XX – mas precisamente, em 1962, não poderia deixar de prestar nova homenagem ao seu Mestre, depois do sucesso que lhe trouxe o primeiro disco, inteiramente consagrado às suas obras. Esta é a razão porque aqui encontramos, em grande maioria, obras dêle próprio.
Mas os Swingle acharam que o tributo não estaria completo se não apresentasse música de sua família e de seus amigos. Foi assim que nasceu êste segundo disco, composto de peças de autores de sua preferência ou dos quais êle foi mestre.
Notemos, com prazer, a alegria e o respeito que caracterizam as interpretações dos Swingle Singers, e, também, como as qualidades vocais do conjunto foram aperfeiçoadas.
Contudo, a maior parte das obras aqui interpretadas apresenta dificuldades ainda maiores. No primeiro disco só havia peças para piano; neste, os Swingle Singers cantam peças escritas para orquestra, cujas partituras mereceram o mesmo respeito e cuidado dispensado às obras para piano.
É o caso, por exemplo, de Badinerie, de J. S. Bach, que inicia, de modo brilhante, o disco. Podemos acompanhar no menor trecho da orquestração, composta originalmente para quarteto de cordas, o solo da flauta, onde reconhecemos, sem nenhuma dúvida, a festiva voz de soprano da Sinfonia do primeiro disco, e até mesmo a parte do cravo...igualmente cantada.
Mais surpreendente ainda é a sensação de som orquestral, no Allegro do Concêrto grosso, de Haendel, que nos permite também ouvir alguns solistas que se destacam em frases muito curtas. Podemos apreciar, igualmente, o realismo impressionante dos pizicatos acompanhando o solo do Largo, de J. S. Bach tratado – como diremos?, um pouco no estilo de Miles Davis...
porém, a dificuldade atinge o máximo, sem dúvida, no Solfeggietto, de K.P.E. Bach, duma ligeireza que nos deixa atônitos. Embora o tempo de execução seja de um minuto apenas, para gravá-lo foram necessários quinze dias de ensaios.
Temos aqui peças dos próprios filhos de J.S.Bach, mas nenhuma outra a semelhança de composição aparece melhor do na Fuga extraída do Estro Armonico, de Vivaldi: acha-se ela de tal modo dentro do espírito de Bach que êle próprio transcreveu-a para órgão.
Aliás, essa obra teve um destino bem complicado, pois quando da morte de J.S.Bach seu filho W. Friedman achou-a entre papéis herdados de seu pai. Então, gostando dela, Friedman assinou-a como sendo sua e durante muito tempo foi conhecida como Concêrto de W.F. Bach. Sòmente mais tarde é que descobriram que Friedman tinha apenas cinco anos quando a obra foi composta, não podendo, por conseguinte, tê-la escrito.
Arranjos: Ward Swingle
Contrabaixo: Guy Pedersen
Bateria: Gus Wallez
LADO 1
BADINERIE Bach Da Suite em si menor
ARIA Haendel Da Sute Para Cravo em mi menor
GIGA Bach Da Suite Para Violoncelo em Do Maior
LARGO Bach Do Concerto Para Cravo em fa menor
PRELUDIO Bach Do Cravo Bem Temperado Vol 1
PREAMBULO Bach Da Partita Nº 5 em Sol Maior
LADO 2
FUGA Vivaldi Arranjo Bach Do Estro Armonico op 3 nº 11
ALLEGRO Haendel Do Concerto Grosso op 6 nº 4
PRELUDIO Bach Do Cravo Bem Temperado vol 2
SOLFEGGIETTO K P E Bach
PRIMAVERA W F Bach
PRELUDIO Nº 24 Bach Do Cravo Bem Temperado Vol 2
Tienda Cafe Con Che
Porque é Imprescindível Sonhar
Um comentário:
olá
gostaria de fazer o download.É possivel?como?
grata-Beth SP
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