quinta-feira, 27 de agosto de 2009

LP ORQUESTRA HARMONICAS DE CURITIBA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO 1983 SOMA

Educação: Esse é o nosso jeito de melhorar o futuro


Café Con Che © Records

LP ORQUESTRA HARMONICAS DE CURITIBA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO

1983

SOMA 4076005





Eram quatro. Ronald, Eduardo, Artur e Luiz Carlos.
Se fossem matemáticos poderia até de dizer que formavam um quarteto. Mas eram músicos e, portanto, estavam muito longe da linearidade de um quadrado. Cada um dominava três ou quatro tipos diferentes deste instrumento que tem nome, sobrenome e é conhecido pelo apelido. Chama-se Harmônica de Boca, mas todo mundo conhece como Gaitinha.
Pois, Ronald, Eduardo, Artur e Luiz Carlos formavam o conjunto Harmônicos de Curitiba, de algum sucesso na cidade. E com certeza ficariam por aí se não fossem loucos o suficiente para propor a criação de uma orquestra.
Uma proposta insana que iria dar certo, como costuma dar certo no Brasil tudo o que foge da chamada lógica cartesiana.
A Orquestra começou a tomar forma numa noite de março de 1979, com uma espécie de vestibular que selecionou oitenta interessados em participar do curso de introdução à harmônica, entre mais de quatrocentos que se apresentaram. Vestibular tão sério, ressalte-se, que nele não houve nenhum cursinho envolvido.
Do primeiro núcleo, o quarteto, mais os, digamos, bacharelandos da primeira turma, saiu a Orquestra em sua formação inicial. A formação definitiva veio depois, com a inclusão do pessoal do segundo curso. Essa é a versão que agora chega para você com todas as notas.
E fico cá pensando por que fez sucesso esta empreitada, se no inicio, além dos quatro, só um outro quarteto acreditou na história: Ênio, Jorge, Lamartine e Carlos.
Charme, mística, não sei como definir. Mas basta ouvir para se saber que nesta Orquestra existe aquela chama do novo, da coisa criativa. Não pede unanimidade, pois esta é tendenciosa. Pede, isto sim, atenção, muita atenção.
Afinal, ela veio para tomar assento num lugar ainda vago dentro da música brasileira. Em outras palavras, veio para ficar.
Ainda bem.
Ernani Buchmann

Lado A
Sempre no meu coração (Ernesto Lecuona
Rapsódia sueca (Hugo Afven)
Olhos negros (Folclore russo)
La vie en rose (Louiguy e Piaf)
Dança do sabre (Aram Kachaturian)
Ebb Tide (Robert Maxwell)

Lado B
Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
Coppélia (Léo Déslibes
Andaluzia (Ernesto Lecuona)
Dança ritual do fogo (Manuel de Falla)
Chá para dois (Youmans e Caesar)
September Song (Weill e Anderson

Arranjos: Zaze, Ronald, Luiz Carlos e Borrah Minevitch.

Nenhum comentário: