sábado, 30 de agosto de 2008

LP JACQUES LOUSSIER PLAY BACH LONDON MONO


LP JACQUES LOUSSIER PLAY BACH

MONO

LONDON

LLN 7107

Jacques Loussier, Christian Garros e Pierre Michelot


De todos os compositores clássicos, J. S. Bach é, sem dúvida, aquêle cuja música é a mais suceptível de ser “swingada”, para empregar uma expressão própria dos modernos homens de “jazz”.
Já bem antes da guerra, Django Reinhardt havia tentado uma experiência comparável àquela que hoje nos presenta Jacques Loussier: uma suíte de improvisações e uma interpretação “swingada” do primeiro movimento do Concêrto em Ré Menor, de J. S. Bach. E essa experiência foi completamente coroada de êxito.
A façanha foi mais uma vez conseguida e nós esperamos que todos os amantes de “jazz”, bem como os admiradores de J. S. Bach, apreciem o milagre conseguido por Jacques Loussier, Christian Garros e Pierre Michelot. Eis um disco de “jazz” que não traiu o espírito clássico do mais genial compositor de todos os tempos.

PRELUDIO Nº 1
FUGA Nº 1
PRELUDIO Nº 2
FUGA Nº 2
TOCATA
PRELUDIO Nº 8
PRELUDIO Nº 5
FUGA Nº 5

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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

LP THE MODERN JAZZ QUARTET THE SHERIFF ATLANTIC




LP THE MODERN JAZZ QUARTET THE SHERIFF

ATLANTIC

LPAT 5032

John Lewis encarna muitos homens em si. Êle é o músico de muitas facetas que dirige e orienta o “The Modern Jazz Quartet”.
Para o público que o vê somente em concertos ou festivais, e ocasionalmente em um night club, Lewis é um tipo urbano, gentil, que olha para o piano quase que em surprêsa por ser capaz de arrancar sons de um tal instrumento, e que se aproxima de um microfone quase como quem tem certeza de levar uma tapa.
Para seus amigos pessoais, Lewis é um sujeito sensível e que gosta de bater papo sôbre os mais variados assuntos. E' também um grande conhecedor de comidas e vinhos, uma pessoa muito viajada e verdadeiramente cosmopolita.
Para os músicos que trabalharam com êle, ou que tem observado seu trabalho durante anos, John é um tipo trabalhador, irrevogàvelmente dedicado à profissão, irritàdo facilmente por irresponsabilidade ou falta de compreensão porém raramente demonstrando falta de paciência.
O enorme sucesso do The Modern Jazz Quartet pode ser atribuído em larga escala à maturidade de Lewis e ao seu grande dom de ajustamento.
A sua musicalidade, evidentemente, também é um fator de igual importância. As mesmas qualidades que demonstrou possuir quando componente da banda de Gillespie, se evidenciaram quando em 1951 John e outros três alunos de Gillespie (Milt Jackson, Percy Heath e Kenny Clarke) realizaram a sua sessão experimental visando a formação do quarteto.
Um dos mais admiráveis propósitos do The Modern Jazz Quartet foi o de dar um novo e vigoroso impulso ao Jazz sem no entanto romper com aquela linha que caracteriza e que separa o Jazz de outros tipos de música moderna.
Estas verdades nunca foram tão evidentes como na presente interpretação do The Modern Jazz Quartet.


THE SHERIFF é uma melodia básica e foi imaginada com o quadro de um sherife atirando e alguém tentando escapar. Mas, “o outro camarada leva a melhor”, declara Lewis. John deve ser o Sherife e Bags o fugitivo. E' interessante notar que Lewis se utiliza da forma usada por todos os bons “Jazzman” por mais de um quarto de século: ritmicamente é composto de pausa de semínima, seis colcheias e na segunda maior, duas semínimas pontuadas.


IN A CROWD foi usada como título para a música que Lewis escreveu em 1961 para o filme “A Milanese Story”. A trilha original foi gravada por um grupo que incluía flauta, guitarra, e quarteto de cordas. Nesta nova versão o tempo é algo mais rápido e a interpretação notável pelo solo de Lewis.
Outra vez o tema é de fundação muito simples, baseado principalmente na frase de quatro notas que
sobe duas vêzes e desce uma (ACDC – EGAG, etc)


BACHIANAS BRASILEIRAS foi composto por Heitor Villa Lobos (1887/1959) e será relembrada por aquêles que assistiram ao Festival de Jazz de Monterrey em 1963 pois foi um dos pontos altos da sessão com a interpretação de Laurindo Almeida com o The Modern Jazz Quartet. A presente performance foi cuidadosamente estudada e oferece pontos altos de interpretação, especialmente de Jackson.


MEAN TO ME é uma melodia de 1928 composta por Fred Ahlert, e tem sido um standard de jazz desde a infância. A performance inclue Bags, que começa lentamente acompanhado por Percy até um desdobramento total da melodia feito magistralmente por Lewis.


NATURAL AFFECTION composto por Lewis para a peça de William Inge com o mesmo título, vista na Broadway em 1963. surpreendentemente, o The Modern Jazz Quartet deu um tratamento de Bossa Nova a esta melodia, o que foi delineado por Connie Kay. Lewis comenta a respeito: “Eu gosto da maneira como a Bossa Nova é tocada, porém sòmente em seu país de origem, o Brasil. Não gosto do que fazem do ritmo aqui nos Estados Unidos. E isto inclue nós mesmos. Entretanto gosto da música e espero que algum dia alcançaremos o standard desejado.”


DONNIE'S THEME é também composição de Lewis para a peça “Natural Affection”. Entretanto a sua interpretação no presente álbum é completamente diferente da original, na qual Lewis foi acompanhado pela Orquestra USA. Tornou-se aqui uma das mais espetaculares e excitantes performances de swing do quarteto.


CARNIVAL (Manhã de Carnaval) é a composição de Luis Bonfá, tema do filme ORFEU NEGRO. E' uma interpretação original de Bossa Nova.



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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

LP HENRY JEROME METAIS EM BRASA HI FI MUSIDISC




LP HENRY JEROME METAIS EM BRASA
HENRY JEROME e sua Orquestra – Arranjos de Dick Jacobs

HI FI DECCA

SLP 7970



Êste é um lançamento de um “novo som”, em matéria de orquestra, destinado a fazer história. Você provavelmente nunca terá ouvido uma banda como a dêste LP. Usando exclusivamente metais – abertos e em surdina – apoiados por maciça marcação rítmica, Henry Jerome, com arranjo de Dick Jacobs, abre novos horizontes no capítulo sons orquestrais. Com êste LP (a venda na Tienda Café Con Che) inicia-se uma série de discos destinada a uma grande trajetória na história da fonografia.

Nêste primeiro disco dos METAIS EM BRASA vamos encontrar sòmente músicas de filmes – é, portanto, um giro musical por Hollywood.
AROUND THE WORLD – Do filme de Michael Todd: “Volta Ao Mundo Em 80 Dias”. O estridente som de um piston de som aberto, respondido prontamente por outro trompete, porém com surdina, abre esta faixa de forma espetacular. Nesta introdução podemos apreciar o vivo contraste entre os metais com e sem surdina. Tanto na execução da melodia quanto nas improvisações, temos os solistas revezando-se com a orquestra, em esplêndido arranjo de autoria de Dick Jacobs.

MOOGLOW e o TEMA DE “PICNIC” - Do filme da Columbia Pictures: “Férias de Amor”. Quae podemos afirmar que estas melodias foram escritas para os METAIS EM BRASA. A introdução estabelece o clássico piano de “Moonglow” e os metais com e sem surdina, como sempre, revezando-se. Os primeiros oito compassos do “chorus” contém um belíssimo solo de trumpete de “Picnic”, interpretado contra a melodia em surdina de “Moonglow”. Com as melodias alternando-se, temos, colorindo ainda a orque tração, deliciosos solos de vibrafone.

THREE COINS IN THE FOUNTAIN (Cha Cha Cha – Do filme da 20 th Century Fox: “A Fonte dos Desejos”). Claves e “cow bell” por si só seriam suficientes apenas para testar seu equipamento de alta fidelidade, entretanto, prestam-se para criar um “caliente” andamento de cha cha cha, ouvindo-se êstes em plano destacado durante tôda a execução. Uma nota: a passagem da tuba nos últimos 16 compassos da melodia dá uma característica tôda especial à execução.

HIGH NOON – Do filme de Stanley Kramer: “Matar ou Morrer”. Êste notável tema de Tiomkin e Washington aparece aqui com um “balanço” de swing, tremendamente dançante. Até a marcação com cascos de cavalo e blocos de madeira, é toda ela “swing” contagiante e cheia de vibração.
GIGI – Do filme da MGM: “Gigi”. Os metais assumem uma imponência de grande orquestra, enquanto os com surdina intercalam a execução com suaves e brilhantes momentos. Um excelente estudo de contraste.

TEMA DO “O HOMEM DO BRAÇO DE OURO”. Do filme de Otto Preminger de igual título. Êste é um arranjo que “ruge” do começo ao fim. Apresentando a “swinging” marcação rítmica dos pratos da bateria e um uníssono, nos graves, de trombones e tuba, temos ainda o usual duelo entre os trumpetes – contrastantemente agudos.

TEMA DO “O TERCEIRO HOMEM” - Do filme de Carol Reed de mesmo nome. Uma cativante introdução é iniciada pelos metais abertos, logo respondida por um melodioso “tam-tam”, que, por sua vez, é aparteado pelos metais em surdina. A fascinante melodia é apresentada pela seção de surdinas, enquanto os outros metais – estrelados pelo famoso “double tonguing” de Henry Jerome - “rugem” em resposta. O arranjo é temperado com solos rápidos de trumpete, trombone e vibrafone.

A CANÇAO DO MOULIN ROUGE – Do filme da United Artists “Moulin Rouge”. Esta conhecida valsa é aqui apresentada em tempo de fox-trot. O inicio é marcado por uma tórrida seção rítmica, ligada com um interessante efeito de trumpete em plungente solo; então, a melodia é apresentada, tendo nos contracantos tôda a masa dos metais com o sôpro livre. Alguns solos de trombone completam a originalidade do arranjo.

TAMMY (Cha Cha Cha) - Do filme da Universal-International: “A Flor do Pântano”. Adaptado para o ritmo quente e contagiante do cha cha cha, esta conhecida página da tela, ressurge com uma nova vitalidade. É um belo trabalho do arranjador bem executada pela orquestra.

TEMA DE “AMORES CLANDESTINOS” - Do filme de mesmo nome da Warner Brothes. Êste recente sucesso instrumental aqui está em uma estupenda apresentação dos METAIS EM BRASA. Em primeiro lugar, surgem os metais em surdina, com os trombones dominando algumas partes ocasionalmente. A melodia é então transmitida por um agradável solo de trumpete que parece flutuar sôbre sons abertos e em surdina. Finalmente, uma concisa massa de metais, sem surdina, irrompe para estabelecer o inusitado contraste entre os solos.

LOVE IS A MANY-ESPLENDORED THING – Do filme da 20th Century Fox: “Suplício de Uma Saudade”. A introdução em surdina estabelece o espírito dêste arranjo. Novamente os contrastes entre os metais abertos e com surdina formam o ponto alto da execução. A imponência da gravação é realmente alo de espetacular.

WHEN THE SAINTS GO MARCHING IN – Do filme da Paramount: “A Lágrima que Faltou”. Você já deve ter ouvido esta melodia de várias maneiras, inclusive em mais de uma película cinematográfica...mas nunca como aqui. Um autêntico grupo dixieland com os metais acentuados, dão a êsse clássico uma interpretação simplesmente maravilhosa.




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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

LP OS VIOLINOS MAGICOS HI FI MUSIDISC




LP OS VIOLINOS MAGICOS

HI FI 2033

MUSIDISC



A idéia de produzir um disco como êste já de há muito surgira na Musidisc. Mas não houve pressa em concretizá-la. Era preciso que tudo fôsse feito cuidadosamente, de sorte que o LP resultasse realmente monumental, capaz de constituir um dos maiores sucessos da etiquêta MUSIDISC. A começar pela escolha do roteiro.
O ritmo de balada-rock, a que teriam de ser transportados os dez números previstos exigia melodias não apenas bonitas e já credenciadas por uma evidente popularidade, mas também que essas melodias possuíssem um andamento por assim dizer maleável permitindo uma adaptação perfeita, por meio de arranjos hàbilmente executados. Muitas foram experimentadas e postas de lado, até que a escolha se fixou na dezena que aqui está. Cada uma delas (originalmente foxes, sambas, boleros ou canções) resultou numa balada-rock magnífica, sem nada haver perdido de se sabor original. E, então, chegou a vez dos *violinos mágicos.
Duas orquestras de violinos, secundadas por trompas, trombones, saxes, piano, guitarra, baixo e bateria, incumbiram-se de justificar o título do LP. Porque se existe um instrumento que mereça o qualificativo de mágico – e nas mãos de Paganini chegou a ser diabólico – êsse instrumento é o violino, com a prodigiosa sonoridade de que é capaz e a doçura infinita que pode fazer brotar de suas quatro cordas.
Como é óbvio, pois, cabe aos violinos – e êles são dezenas – a função principal de conduzir a melodia, secundadas pelos outros instrumentos, entre êles o piano, que faz a marcação sistemática do ritmo em quiálteras. Em uníssono ou em contracanto, estabelecendo entre si, por vêzes verdadeiros diálogos, com um grupo respondendo a frase melódica, que o outro grupo emitiu, o efeito alcançado pelos violinos dublados é de uma grandiosidade magnifica, não raro empolgante, comparável mesmo – guardadas, é claro, as devidas proporções – à dos melhores momentos da música sinfônica.
Mas tudo isso, repetimos, sem que o sabor da música popular se perca ou se mascare. Não há aqui o que acontece, por exemplo, no outro plano, com as grandes fantasias de luxo dos bailes do Municipal: deslumbrantes, monumentais, mas, por isso mesmo, condenando as beldades que o suportam ao estático e melancólico papel de Tântalos em “travesti”. A fantasia de balada-rock, tecida pelos fios sonoros dos violinos mágicos e seus coadjuvantes, é maravilhosa, sem dúvida, mas é também leve, flexível, permitindo às diferentes melodias que a vestem tôda elasticidade de seu ritmo primitivo e a plena posse de seu encanto original. E por isso. “Violinos Mágicos” é, indubitàvelmente, um extraordinário disco de dança.
Duas gravações diferentes estarão sendo lançadas: a monaural, em alta-fidelidade, e a estereofônica, em que o índice de grandiosidade mais ainda se sublima e na qual os diálogos dos violinos, como é fácil avaliar, terão um prodigioso cunho de realidade. De uma ou outra forma, no entanto, o “long-playing” que a gravadora de Nilo Sérgio produziu e agora oferece ao nosso público na “Tienda Café Con Che” deverá ser marcado com uma pedra branca, de vez que assinala um dos mais brilhantes e espetaculares lançamentos da etiquêta MUSIDISC em tôda a sua vitoriosa carreira.
Sebastião Fonseca.


FACE A
SEPTEMBER SONG
NA MADRUGADA
DREAM
ONTEM E HOJE
DO RE MI

FACE B
SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCE
YOU LL NEVER KNOW
NINGUEM ME AMA
TUA
CASTIGO




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terça-feira, 26 de agosto de 2008

LP BENONI E FERREIRA FOLCLORE NÃO TEM IDADE SONFILM




LP BENONI E FERREIRA FOLCLORE NÃO TEM IDADE

SONFILM

LP 0130



Este LP, constitui um trabalho tão importante e significativo que quero torná-lo público, numa atitude carinhosa por aquilo que realmente é nosso “O FOLCLORE”. Encontramos aqui, dois moços de boa reputação: Antônio Ferreira e Benoni Conrado; são dois filhos da terra que, de viola em punho, vão galopando a poesia, descrevendo em prosa e versos, as belezas do nosso rincão; e tudo numa linguagem muito simples, ao embalo das cascatas, no chuá de nossos rios, e na sinfonia angélica dos pássaros.
...É este o som que vamos ouvir, NESTE BRASIL CABOCLO DE MÃE PRETA E PAI JOÃO.
Chico Carlos.

ARRANJOS
POEMA A BANDEIRA
Afonso Farias e João Lima – Violões
Mário Wilson – Flauta
Cantor – Zé Maria
Coro – Auxiliadora e Salete Rocha

FACE A
TANJO O AMAZONAS
Silva Rufino – Adap. A Ferreira e Be. Conrado
BRASIL CABOCLO
A . Ferreira e Benoni
POEMA A BANDEIRA
De A . Ferreira, c / Zé Maria e Acomp.
CESTILHAS
(Repentes)
Antônio Ferreira e Benoni

FACE B
PELEJA EM MOURAO
Ferreira e Benoni
LAMENTO DE VIOLA
Instrumental
Benoni Conrado
MEU SERTAO E ASSIM
Antônio Ferreira e Benoni
GALOPE A BEIRA MAR
Antônio Ferreira e Benoni

Agradecemos:
AO BANCESA E AO CLUBE DE REGATAS BARRA DO CEARA
na pessoa de seu Pres. Sr. Antônio Pereira Irmão.




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domingo, 24 de agosto de 2008

LP RAY CHARLES THE GENIUS AFTER HOURS ATLANTIC




LP RAY CHARLES THE GENIUS AFTER HOURS

ATLANTIC


ATCO LPAT 5009



A evolução de Ray Charles é uma anomalia sem paralelo no jazz moderno. Há quatro anos atrás, quando a Atlantic lançou nos EE.UU. O primeiro LP de Ray com título de “Rock'n'Roll”, seu sucesso ainda estava limitado às regiões atingidas pelo mercado do disco 78 rpm, e seu talento de tão variadas características era conhecido sòmente por alguns músicos, entre êles Quincy Jones que, tal como Ray Charles, estava vivendo em Seattle no comêço da década de 1950.
além de continuar a manter sua antiga audiência dos juke-boxes sulinos, para quem foram dirigidos seus primeiros sucessos de tom litúrgico, Ray Charles conquistou um mercado maciço que o identificou internacionalmente e de maneira quase exclusiva como cantor. Sob êste ângulo, sua carreira lembra a de Nat “King” Cole, pois foi justamente à frente de um grupo padronizado nas linhas gerais do trio de Nat Cole da década de 1940 que, por volta de 1949, Ray Charles encontrou seu verdadeiro estilo como instrumentista. Atualmente, entretanto, muitas pessoas que acompanharam seu desenvolvimento como cantor não se recordam ou mesmo desconhecem seu passado musicista. (Ray Charles já tocou profissionalmente quatro instrumentos: piano, órgão, saxofone e clarinete, estando constantemente em atividade como compositor e arranjador, utilizando para êsse fim de um sistema Braille de notação musical.).
As características atuantes no show-business dos EE.UU. Fizeram com que êsse desenvolvimento de canto, sobrepujando o musicista, se tornasse quase inevitável: além disso, uma identificação única na mente do público é mais importante para um artista que uma série de associações que podem confundir o observador casual. Felizmente, Ray Charles recusou-se a deixar que sua carreira fôsse orientada em uma única direção, a despeito das possíveis vantagens comerciais de tal processo, e a música contida neste álbum “A venda na Tienda Café Con Che” nos dá uma potente demonstração do acêrto dessa decisão.
Da mesma forma que outros músicos famosos tais como Armstrong, Teagarden, Waller e Cole, Ray Charles é essencialmente um músico de jazz e, secundàriamente, cantor. No seu caso, particularmente, parece haver um paradoxo neste dualismo: o público que o ouve tocar se surpreende com sua evidente absorção de tendências modernas e também com o fato de que como pianista êle é influenciado pelo bop enquanto que, como cantor, as influências preponderantes são o folklore e o canto litúrgico.
A explicação, porém, é simples: nenhum instrumentista desenvolve um estilo completamente amadurecido sem primeiramente adquirir certas raízes básicas na música de jazz, e muitos dos maiores talentos do jazz moderno são capazes de tocar de forma convincente em estilos antigos. A arte vocal no jazz está, outrossim, diretamente ligada a certas qualidades de timbre e sentimento, qualidades essas que não são tão importantes na execução de vários musicistas modernos. O artista de jazz generalmente canta de uma maneira mais simples, bem diferente de seus complexos solos instrumentais. Para citar um exemplo famoso: Dizzy Gillespie cantando blues em “Blues Chanté” é tão básico quanto se poderia desejar – o mesmo acontece com Ray Charles.
O blues é o elemento intrínseco dêste álbum, e o denominador comum de todos os músicos na volta às suas fontes primitivas. A faixa inicial “The Genius After Hours”, é um blues lento, iluminado pela procura subjetiva e por uma suave qualidade rítmica. “Dawn Ray” é também um blues de andamento moderado, enquanto “Joy Ride” apresenta solos pelo sax alto de Dave “Fathead” Newman, o trompete de John Hunt e o piano de Ray Charles. “Ain't Misbehavin” é a única faixa do lado A dêste LP que não entra na classificação “blues”. Trata-se principalmente, de uma oportunidade para que “Fathead” demostre sua habilidade ao sax alto, enquanto os “chorus” tocados por Ray Charles ecoam, subordinados ás suas origens jazzísticas e lembrando-nos, nos primeiros oito compassos, o impacto rítmico de Earl Hines.
O estilo é blues novamente na face B. “Hornful Soul”, o único arranjo vocal dêste álbum, nos mostra Ray Charles como solista dentro de uma tendência moderna, sôbre um tema também moderno em seu fraseado ainda que simples na sua base melódica. “The Man I Love”, uma das três faixas que foram usados músicos não pertencentes regularmente ao grupo de Ray Charles, demonstra em certos momentos o approach pouco ortodoxo de Ray ao padrão harmônico da canção e, em outros, sua estreita aderência à concepção original ao tema de Gershwin.
“Charlesville” é blues outra vez, e agora bem rápido, aparecendo em vários “chorus” o baixo tocado por R. Sheffield, bem como Ray Charles tocando igual a Count Basie e finalizando com um “twist” harmônico ainda que incongruente. “Music, Music, Music”, oferece-nos o exemplo de uma das eternas verdades do jazz, ou seja, qualquer canção pode ter um toque swing partindo-se de uma improvisação, correta e de uma base harmônica adequada.
Êstes aspectos revelam uma faceta importante e raramente observada de Ray Charles. Aqui está o auto-retrato de um indivíduo extraordinário que chegou à idade adulta órfão, negro e cego e conseguiu encontrar através da música um objetivo, uma carreira e por fim o triunfo.



A
THE GENIUS AFTER HOURS
AINT MISBEHAVIN
DAWN RAY
JOY RIDE


B
HORNFUL SOUL
THE MAN I LOVE
CHARLESVILLE
MUSIC MUSIC MUSIC




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sábado, 23 de agosto de 2008

LP WALTER CARLOS E THE WELL-TEMPERED SYNTHESIZER 1970 CBS




LP WALTER CARLOS E THE WELL-TEMPERED SYNTHESIZER


1970


CBS MASTERWORKS
160168



“A realização de Carlos do Quarto Concêrto de Brandenburgo é, falando francamente, a mais bela execução de qualquer um dos concertos de Brandenburgo que já ouví – ao vivo, gravado ou que teria imaginado”
Glenn Gould


Algo estava errado. “Switched-On Bach” pretendia ser uma experiência artística, um meio de pesquisa e ensaio, exemplo de um compositor contemporâneo procurando encontrar-se – e não o marcante sucesso comercial em que indiscutìvelmente se transformou. E, um ano depois, eis-nos com a responsabilidade da seleção do material para o disco que lhe daria continuidade. Walter desejava tentar a orquestração de uma obra ambiciosa do século 19: entretanto, recursos insuficientes em ralação a número de faixas de som, não o permitiam. Por outro lado, realizar um trabalho de autoria do próprio Walter, parecia um pouco prematuro, sendo preferível deixa-lo para um próximo ano. A solução surgiu, finalmente do próprio entusiasmo do público por mais trabalhos eletrônicos com obras de Bach, e o resultado é êste novo disco barroco. “Que está a venda na Tienda Café Con Che”.
Mas nem tudo saiu bem. Vários críticos, muitos músicos atentos ao nosso trabalho, e apreciadores de música, começaram a indagar: “Como o moog consegue fazer tudo isso?” - dando a entender que o aparelho era de certa forma, o responsável pelos níveis artísticos e de criatividade do nosso “Switched-On”, que tanto sensibilizaram aos que o ouviram. E assim, perpetuou-se o mito, que criou a singular situação em que hoje nos encontramos: um piano Steinway recebe muitos aplausos pela apresentação, do ilustre Sr. Horowitz (ou até mesmo, do Sr, Gould)
Contudo, a esta altura dos fatos, o sintetizador, na realidade, não é mais que um embrião. Assim, como os pioneiros da música eletrônica firmaram-se utilizando o que havia na ocasião, Walter vem prosseguindo – dentro das limitações da atual aparelhagem (e, infelizmente há muitas) - no trabalho de introduzir no mundo musical o seu meio de expressão ( a música eletrônica), sem ligá-lo a um estilo exclusivo (contemporâneo, aleatório, serialismo, etc.). E Walter está, inegavelmente, capacitado para uma tarefa de tal dimensão, pois nêle estão mesclados os talentos de compositor, intérprete, regente, projetista-construtor de instrumento, afinador de piano, técnico em acústica, engenheiro de gravação – e trabalhador incansável.
Acredito que a presente gravação apresente mais um passo na afirmação dêsse mais nôvo meio de expressão musical. Aqui, as esmeradas interpretações, em nada deixe transparecer o tempo e trabalho cansativo necessários à sua realização. Passei horas e horas, observando atentamente como, nota após nota, frase após frase, aquela música conhecida ressurgia em uma nova forma e peculiar. Mas, será que Bach precisava disto? E agora, Haendel, Scarlatti e Monteverdi? É claro que não. Mas, levando em consideração as execuções geralmente apáticas, limitadas e sem interêsse – pelo motivo mesmo, de nada apresentarem de nôvo – que já estamos habituados a ouvir em salas de concêrto e em discos, é pelo menos reconfortante, como experiência (a despeito do purismo, e do fator eletricidade), a exuberância e emoção de Walter transmite em suas execuções/realizações/orquestrações.
Uma palavra final sobre Carlos. Inicialmente êle era um físico, que se contentava em escrever óperas e quartetos de cordas, para deleite próprio e de amigos mais chegados. Mas, novamente aí, nem tudo saiu bem.
Rachel Elkind
Produtor.

A música deste disco é constituída de fieis transcrições/execuções de obras de Bach, Haendel, Scarlatti e Monteverdi. Os estilos polifônicos e dramáticos, barroco e pré-barroco, parecem-me perfeitamente adequados a esta forma de expressão musical.
As duas peças de Monteverdi são de estilos semelhantes. Ambas, tentei imprimir sonoridades imponentes e vibrantes, e os coloridos análogos foram intencionais. O Coral “Cantus Firmus” em “Domine Ad Adjuvandum”, representa uma primeira tentativa, de preencher os intervalo entre as partes vocal e intrumental, sendo constituído por alguns dos mais complexos sons que já obtive no atual sintetizador. As articulações vocais – imitativo ou característicos de vozes – exigiram uma cuidada afinação de quase todas as modulações do sintetizador, e tornaram-se possíveis, graças a uma exercitada coordenação de pés e mãos, de modo a separar a altura, vibrato, intensidade, portamento, e duas ressonâncias emissoras de vogais; cada uma das modulações foi regulada para obter o máximo de expressividade nas seis partes vocais: Soprano I, II, Contralto, Tenor, Barítono e Baixo.
As quatro Sonatas de Scarlatti são completamente diferente de tudo que já fiz. Como são formadas por um contraponto e duas vozes, raramente composto de mais de três ou quatro vozes, pensei numa execução linear com um sentido único – distinta ou relacionada – em que cada voz poderia ou não, ser especìficamente de efeito musical. Dêste modo, tentei fragmentar cada parte dentre muitos coloridos, semi-pontilhìsticamente, conservando entretanto um “feeling” global básico, nos vários fraseados e vozes principais. A Sonata em Ré Maior, L. 164, foi a primeira que fiz, e é a que contém o mínimo de fragmentação. A Sonata em Mi Maior, L. 430, é talvez o exemplo mais trabalhado da referida fragmentação, e ao lado da Sonata em Ré Maior, L. 465, mostra o rápido processo de mudança de colorido e estereofonia – tão próprio e viável no meio eletrônico – conquanto conserve-se fiel ao espírito original da obra.
As três partes da “Música Aquática” de Haendel são bem diversas entre si. A Bourré é aparentemente simples, e consiste de duas tessituras, relacionadas, mais distintas. Aqui, interessou-me a expressividade semelhante à de piano. A “Ária”, por outro lado, é mais instrumentalmente expressiva. E extrapolada em estilo, de recente prática de execução. Não é preciso dizer que gostei muito de fazê-la. A “Allegro Deciso” é totalmente orquestral, e tomei pequenas liberdades quanto à forma e à orquestração, como também fiz com a “Ária”.
O Quarto Concêrto de Brandenburgo foi composto por Bach para três instrumentos solistas – um violino e duas flautas – embora o solo de violino sobressaia muito mais e seja mais apurado, e um “ripieno” de orquestra de cordas usual, e continuo. Em minha interpretação, resolvi dispor êstes três elementos da seguinte forma: as partes de baixo e cravo, possuem timbre semelhante do principio ao fim, com expressão suficiente para aparecerem nas seções “tutti”, sem no entanto tornaram-se demasiadamente dominantes. O violoncelo é um pouco mais colorido, dependendo do seu papel: as três cordas superiores são harmonizadas nas partes homofônicas, ou contrastam claramente entre si em passagens polifônicas; embora permaneçam claramente homogêneas em relação ao conjunto. Os solos de flauta são bàsicamente realísticos/imitativos, mas nem sempre, e aí, eu tinha em mente o colorido da antiga flauta doce, exceto quando uma flauta moderna (travessa) e flautim, pareciam mais apropriados. No segundo movimento, foi acrescentado um “sussurro branco”. A parte de solo de violino – exceto quando ela se junta as seções “tutti” - recebeu um tratamento completamente diferente, de modo a realçar seu papel de solista, e foi baseado no principio utilizado nas Sonatas de Scarlatti. Não fiz tentativa alguma de imitar a sonoridade de qualquer instrumento existente, apesar de terem-se apresentado oportunidades tentadoras na parte final, de assim garantir solos, acompanhamentos e o equilíbrio da orquestra. Como em Monteverdi, e algumas obras de Haendel, fiquei preocupado com que, ao final do trabalho, se apresentassem amplitude e profundidade, típicas das chamadas apresentações ao vivo; por isto, desenvolvi muitas técnicas híbridas de reverberação de som. Os andamentos e fraseados refletem preferências pessoais, inspiradas nas interpretações modelares dêste Concêrto, que me sensibilizaram durante muito tempo.
Walter Carlos.




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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

LP RAY CONNIFF 'S CONCERT VOLUME I I COLUMBIA MONO



LP RAY CONNIFF 'S CONCERT VOLUME II


COLUMBIA 37111


MONO



Neste segundo volume de “'S Concert”, RAY CONNIFF mais uma vez empresta extraordinaria animação a alguns esplêndidos temas de famosas peças sinfônicas e operísticas, apresentando-os numa série de deliciosos improvisos aos quais imprime seu inimitável e irresistível rítmo dançante.
Colaboram com o conhecido maestro e arranjador, neste agradável empreendimento, os Cantores Conniff e o pianista Bernie Leighton, ao qual se devem os brilhantes efeitos nas seleções de Chopin e de Grieg, no “Concêrto de Varsóvia”, de Addinsell, e nos temas da sinfonia “Patética” de Tchaikovsky. Outros compositores presentes são Liszt, Saint – Saëns, Puccini e - dos clássicos da opereta Lehar e Noel Coward.
“'S Concert” Vol. II é lançado a fim de atender a milhares de pedidos que incessantemente nos vêm chegando desde que foi dado ao público o primeiro volume. Com arranjos de RAY CONNIFF já se tornaram tão populares que os seus discos são hoje procurados indistintamente pelos dois tipos de compradores: os que adquirem discos para ouvir boa música e os que o fazem para ter em casa uma boa coleção dançante. Entretanto, seja para ouvir, seja para dançar, você encontrará neste LP “A venda na Tienda Café Con Che” maravilhosa combinação de coloridos tonais e de vozes,a marcação incomparavelmente exata, os admiráveis improvisos e arranjos de RAY CONNIFF – tudo para o seu prazer e encantamento.


A
SONHO DE AMOR (Liebestraum)
(Liszt - Adap. Ray Conniff)
MEU CORAÇAO A TI PERTENCE (Dein ist mein ganzes Herz allein)
(H. Smith - F, Lehar)
APENAS UM CORAÇAO SOLITARIO (None but the lonely heart)
(Tchaikovsky - Adap. Ray Conniff)
VER TE EI OUTRA VEZ (I'II see you again)
(Noel Coward)
MON COEUR S'OUVRE A TA VOIX (de: "Sansão e Dalila")
(Saint - Saënz - Adap Ray Conniff)
POEMA
(Fibich - Adap. Ray Conniff)

B
CONCERTO DE VARSOVIA
(R, Addinsell)
NOTURNO EM MI BEMOL
(Chopin - Adap. Ray Conniff)
DANÇA DA FADA AÇUCARADA (Dance of the sugarplum fairy)
(De: "O Quebra Nozes")
(Tchaikovsky - Adap. Ray Conniff)
TEMAS FAVORITOS DA 6º SINFONIA
("Patética")
(Tchaikovsky - Adap. Ray Conniff)
CONCERTO EM LA MENOR PARA PIANO
(Grieg - Adap. Ray Conniff)
UN BEL DI VEDREMO (De: "Madame Butterfly")
(Puccini - Adap. Ray Charles)


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Porque é Imprescindível Sonhar

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

LP TOQUINHO E VINICIUS 1971 RGE




LP TOQUINHO E VINICIUS

1971

RGE

USLP 5354



Vinícius de Moraes, se eu fosse falar de você,
o conhecedor do mundo das palavras e do mundo,
realmente não teria mundo pra dizer das palavras
que o mundo das palavras...sei lá!
O negócio é que eu curto você à bessa, você
que é meu parceiro, meu irmão e amigo, meu filho
e meu pai, e como se não bastasse, marido de
Gesse de Moraes, essa baiana que sempre que
pode tem pra você um carinho a mais.
Pois é Vininha, hoje eu estou aqui em São Paulo
escrevendo a contra-capa de nosso novo Lp – no
último dia de prazo, é claro – pensando nas
horas que essas melodias começaram a nascer
de meu violão até você chegar ao fim de suas
sempre carinhosas brigas que manteve e mantém
com as palavras, das quais é um eterno vencedor.
É Vina, não foi mole não.
De “Testamento” à “Rosa Desfolhada” foram muitas
noites em claro e tardes mergulhadas num
escuro tranqüilizador de nosso sono nos
proporcionava.
É meu velho, êsse disquinho me custou uns
bons quilinhos a menos, mas compensou: apesar
das intermináveis brigas entre Milton e
Shapiro enquanto Briamonte mostrava toda sua
criatividade. Com cordas?
Tchau
Toquinho
P. S. Sabe o que uma célula disse pra
outra? - Cromossomos felizes.

Composições de Toquinho e Vinícius
Arranjos: Briamonte

Essa menina
Maria vai com as outras
Testamento
O poeta aprendiz
Eu não tenho nada a ver com isso
A terra prometida
Sei lá...a vida tem sempre razão
O velho e a flor * (Toquinho / Vinicius / E. Becalov)
O canto de Oxum
A rosa desfolhada
Morena Flor
A flor da noite
Blues para Emmett


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terça-feira, 19 de agosto de 2008

LP MEMORIA 2 ELEBRA




LP MEMORIA 2 ELEBRA



Se, para alguns, o Brasil é um país sem memória, para outros, o fato de preservá-la contribuiu para que, cada vez mais, novas criações surgissem no cenário do futuro de nosso país.
O talento, a vontade e a criatividade dessas pessoas, forneceram a esta terra o que ela mais precisou: raça.
O brasileiro, mesmo desfalcado de sua história, não perde a vontade, a emoção de fazer história. É a inspiração que indica os seus caminhos.
Um sentimento fiel, que acompanha e contagia a ciência mais exata, que nos fez crescer e nos fará desenvolver ainda mais.
Parece estranho dizer que o trabalho de grandes nomes da música, das artes e do pensamento, tenha alguma coisa a ver com a tecnologia de ponta, com informática ou microeletrônica.
Mas existe uma ligação.
Porque o nosso trabalho também é feito com a mesma dedicação. o mesmo calor e a mesma vontade com que estas pessoas criaram estas canções inesquecíveis.
Quando falamos em tecnologia, falamos em tecnologia nacional de vanguarda e, também neste caso, estamos patrocinando a livre expressão dos brasileiros nas áreas de telecomunicações, controles de processo e informática.
Estamos criando condições para que técnicos do mais alto nível adquiram para si o que de melhor existe no mundo: a propriedade intelectual.
É desta forma que estes brasileiros, criativos e talentosos, começam a mostrar todo seu potencial, suas qualidades e seu bom senso.
Memória é o segundo disco de uma série que vem homenagear a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, registraram sua passagem por aqui,e , de maneira brilhante, mostraram como é importante acreditar no talento e nunca desistir de seus objetivos.
É isto que estamos fazendo. Amamos o que Fazemos.
Memória 2 é mais um exemplo disso, e que vai ficar na mémoria de todos nós.
Elebra.

LADO A

TRAVESSIA 1966
Com Milton Nascimento Rio de Janeiro 26/10/42, dele e de Frenando Rocha Brant, Caldas Novas Minas Gerais. Depoimento de Fernando Brant a Sinval P Leão, com arranjo original de Eumir Deodato para o Festival Internacional da Canção, fase nacional, realizado no Rio de Janeiro (Maracanãzinho outubro de 1967) adaptado para o disco por Luiz Eça.

Ainda universitário Fernando Brant ficou amigo de Milton Nascimento (o Bituca) que naquela época já era conhecido como compositor e músico.
Milton morava em São Paulo e Fernando em Belo Horizonte. Nos fins de semana, encontravam-se com bastante freqüência.
A história de “Travessia” começa com a chegada de Fernando a São Paulo para visitar o amigo, quando ele lhe apresenta a música desta composição, que ficaria famosa já a partir de sua primeira audição., por ocasião do II Festival Internacional da Canção.
Fernando que ainda não era letrista profissional, só aceitou fazer a letra de Travessia após muita insistência. Ainda bem que ele acabou aceitando. A música estourou mp II FIC marcando o inicio de uma parceria que vem produzindo desde então, uma série de sucessos como: “Beco do Mota”, “Outubro”, “Rosa do Ventre”, “San Vicente”...entre outros.

ESTÃO VOLTANDO AS FLORES 1961
Com Helena de Lima e Miltinho, gravada em 30 de julho de 1961, de Paulo Gurgel Valente de Amaral Soledade (Paranaguá Paraná 29/06/19).
Depoimento de Paulo Soledade a Persio Pisani.

Durante muitos anos afastado do Rio de Janeiro, por problemas de saúde, Paulo Soledade compôs essa música ao sair do hospital, após uma cirurgia.
“Estão Voltando as Flores” é uma espécie de homenagem a vida e a beleza das pequenas coisas. É a canção de um renascimento.
Após enorme dificuldades em encontrar alguém que se interessasse em gravar a música Paulo encontrou-se com Waltinho da Casa Tonelux (RJ), que em principio aceita gravá-la. No entanto, depois de algum tempo, Paulo convida Helena de Lima, que na época fazia enorme sucesso na boate cangaceiro (RJ).
O mais interessante porém, é que após tanta dificuldade “Estão Voltando as Flores” acabou não sendo gravada só por Helena de Lima já que Miltinho, encontrando-se no estúdio de gravação produzindo um dos seus discos, acabou participando também da gravação com uma excelente segunda voz em contracanto.
Fundador do Clube dos Cafajestes no Rio de Janeiro na década de 40, Paulo Soledade foi sempre um grande boêmio dono de boate, e compôs dezenas de músicas com parceiros famosos como “Poema dos Olhos da Amada” com Vinicius de Moraes, “Zum Zum” com Fernando Lobo

DISPARADA 1966
Com Zimbo Trio, de Teófilo de Barros Neto (Théo de Barros) Rio de Janeiro 20/3/43 e Geraldo Vandré João Pessoa 12/9/35.
Depoimento de Théo Barros a José Maury de Barros em 7 de julho de 1967.

“Disparada” foi apresentada pela primeira vez no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record , São Paulo, xom interpretação de Jair Rodrigues, Trio Maraia, Trio Mocotó e Trio Novo, este último composto por Heraldo do Monte, Hermeto Pascoal e Airto Moreira. Mas tarde este grupo já com a participação de Théo de Barros, seria conhecido pelo nome de Quarteto Novo: o grupo instrumental mais importante em termos de música de raíz, com um tratamento harmônico e melódico totalmente revolucionario.
No festival “Disparada” dividiu o primeiro lugar com “A Banda”, de Chico Buarque de Hollanda.
A escolha da gravação com Zimbo Trio é uma homenagem a todos os músicos brasileiros, e principalmente aos integrantes desse grupo, que já ganhou todos os prêmios nacionais de música, assim como vários importantes troféus internacionais.
O Zimbo Trio toco pela primeira vez sob este nome e com os mesmos músicos que o integram até hoje, na boate Oasis em São Paulo, ao lado de Norma Bengel, em 17 de março de 1964.
Luiz Chaves Oliveira da Paz, Rubens Alberto Bersotti e Amilton Teixeira de Godoy gravaram um sem números de Lp´s, solo ou acompanhando cantores de sucesso. Eles são hoje um exemplo para toda uma geração da música popular brasileira, notadamente pelo esforço de divulgação da música instrumental, que culminou em 1973, com a Fundação do Centro Livre de Aprendizagem Musical, São Paulo.

NINGUEM ME AMA 1952
Com Iracema de Souza Ferreira (Nora Ney) de Antônio Maria Araújo de Morais (Recife 17/3/21 Rio de Janeiro 15/10/64) e Fernando de Castro Lobo Recife 26/7/15
Depoimento de Fernando Lobo a J.C Botezelli (Pelão) para a Rádio Excelsior (SP)

Fernando Lobo estudou piano com Capiba, pai do famoso compositor do mesmo nome, posteriormente violino, atuando também como crooner e violinista na orquestra Jazz Band Acadêmica de Pernambuco.
Parceiro de muitos sucessos de Antônio Maria, não teve na realidade nenhuma participação em “Ninguém Me Ama”. Esta música foi lançada justamente com “Preconceito”, em disco gravado por Nora Ney, esta sim de autoria de Fernando Lobo, foi apenas um acordo entre os dois, questão de amizade, já que Fernando Lobo e Antônio Maria se conheciam desde quando este último terminava o seu curso colegial no Colégio Marista do Recife.
Outro fato interessante é que a música que na opinião de todos faria sucesso “Preconceito”. Mas acabou acontecendo o inverso “Ninguém Me Ama” já teve mais de 30 gravações inclusive no exterior.
Fernando Lobo é autor e parceiro de várias músicas conhecidas, tais como “Chuva de Verão”, “Zum Zum”, “Nega Maluca” e seu parceiro tem uma das maiores discografias do Brasil, com músicas gravadas juntamente com Ismael Neto (“Canção da Volta”), Luis Bonfá (“Manhã de Carnaval”e “Samba de Orfeu”) entre outros.

PARA VIVER UM GRANDE AMOR 1972
Marcus Vinícius Cruz de Melo Morais Rio de Janeiro 19/10/13, 9/7/80 e Antônio Pecci Filho (Toquinho) São Paulo, 9/7/46.
Depoimento de Toquinho a Antônio Tores. Gravado em 24/10/72 por Toquinho, Trio Mocotó e Marília Medalha.

Toquinho iniciou sua parceria com Vinícius de Morais em 1969. No ano seguinte juntamente com Marília Medalha. Fizeram um show no Teatro Castro Alves, Salvador, Bahia e logo após foram para Buenos Aires, Argentina, apresentando-se na boate La Fusa.
Este foi o inicio de uma carreira conjunta que praticamente só terminou em 1980, por ocasião da morte do nosso saudoso “poetinha”.
“Para Viver Um Grande Amor” tem uma história longa que começou com o lançamento do livro de poesia do mesmo nome, por Vinícius em 1962.
O poeta se voltou a este fantástico tema em 1972, já então parceiro de todas as horas do Toquinho.
Apoiado pelos excelentes Trio Mocotó e Marília Medalha, Toquinho dá em “Para Viver Um Grande Amor” uma pequena mostra da imensidão do talento poético e musical da dupla de compositores brasileiros, que talvez melhor soube cantar o amor, os desejos e os sonhos de toda uma época da música popular brasileira contemporânea.

LADO B

MANHA DE CARNAVAL 1959
Com Agostinho dos Santos, em gravação de 1959, de Luis Floriano Bonfá (Rio de Janeiro 17/10/22) e Antônio Maria Araujo de Morais (Recife 17/3/21 Rio de Janeiro 15/10/64)
Depoimento de Luis Bonfá a Ney Hamilton. Arranjo do Maestro Enrico Simonetti.

Luis Bonfá é um músico de grande sucesso nacional e internacional. Poderia inclusive morar fora do Brasil, tantos são os convites que recebe. Mas prefere é ficar mesmo é na sua casa da Barra da Tijuca, com seus cachorros e sua grande paixão, uma coleção de carros antigos que ele próprio restaura e mantém.
Sorte nossa, de seus parceiros e principalmente de nossa música.
“Manhã de Carnaval” foi composta em 1958, a convite de Marcel Camus para o filme “Orfeu Negro”, em parceria com Antônio Maria, autor de sucessos inesquecíveis, tais como “Quando Tu Passas Por Mim”, “Se Eu Morresse Amanhã”, “Suas Mãos”, entre muitos outros.
Muita embora esta música tivesse sido utilizada apenas em parte e somente no fim do filme “Manhã de Carnaval” foi um estrondoso sucesso internacional.

COPACABANA 1946
Com Farnesio Dutra e Silva (Dick Farney) Carlos Alberto Ferreira Braga (João de Barro) Rio de Janeiro 29/3/07 e Alberto Ribeiro da Vinha, Rio de Janeiro 27/8/02 – 10/11/1971.
Depoimento de Alberto Ribeiro a Dalma Fernandes Ferreira. Arranjo de José Briamonte.

Braguinha, como João de Barro é carinhosamente chamado, é um dos compositores mais prolíferos da música popular brasileira. E dos mais antigos também.
Estreou como compositor em 1930, com a música “Dona Antonha” gravado pelo famoso e querido Almirante, na Parlophon.
Em 1933 já fazia sucesso com suas composições, “Trem Blindado” e “Moreninha da Praia”; lançadas também por Almirante que o consagraram definitivamente como compositor.
Até hoje compõe assobiando as melodias, uma vez que jamais estudou música.
Teve parceiros famosos, como Noel Rosa, Lamartine Babo, Alcyr Pires Vermelho, fazendo todos os tipos de música, desde marchas de carnaval até sambas, marchas ranchos e um sem número de peças românticas, além de adaptação para histórias infantis com nomes famosos como Radamés Gnattali.
Um dos seus mais constantes parceiros foi Alberto Ribeiro, que conheceu em 1935 através do editor Alberto Mangione.
Alberto acompanhou Braguinha em vários sucessos como “Linda Mimi”, “Minha Terra Tem Palmeiras”, “Touradas de Madrid” entre dezenas de outras composições.
“Copacabana” foi realizada em 1946 para o filme de Wallace Downey do mesmo nome.
Esta composição marcou o inicio do gênero musical conhecido como samba canção no Brasil, assim como da carreira de Dick Farney em nosso país, como intérprete afinadíssimo e sensível de algumas das mais belas canções da música popular brasileira.

MASCARA NEGRA 1967
Com Paulo Artur Mendes Pupo Nogueira (Paulinho Nogueira) gravação de 1977, de José Flores de Jesus (Zé Keti) 6/10/21. Rio de Janeiro e Hildebrando Pereira Matos.
Depoimento de Paulinho Nogueira a Iracema Nogueira Lima.

Zé Keti neto de flautista e de pianista e filho de tocador de Cavaquinho. Começou muito cedo a fazer música e com 15 anos já estava na Mangueira, levado por Geraldo Cunha, parceiro de Carlos Cachaça.
Aos 16 anos foi para a Portela, começando a desfilar pela Ala dos Compositores e a fazer as suas primeiras músicas.
Teve sua primeira composição gravada em 1946, em parceria com Felisberto Martins, interpretada pelos Vocalistas Tropicais.
Seu primeiro grande sucesso foi “A Voz do Morro” gravada por Jorge Goulart em 1955. Três anos depois teve a sua primeira música incluida no filme “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos.

FRANQUEZA 1957
Com Maysa Figueira Monjardim gravação de 2/4/58 de Augusto Duarte Ribeiro (Denis Brean) Campinas São Paulo 16/8/69 e Oswaldo Guilherme Campinas São Paulo 7/3/19
Depoimento de Oswaldo Guilherme a Mirian Megdaleni C.I. Sanches. Arranjo de Enrico Simonetti.

Oswaldo Guilherme fez sua primeira composição com Newton Teixeira em 1942, gravada neste mesmo ano por Isaura Garcia, “O Que Há Com Você”.
Mas foi no ano seguinte em 1943 que conheceu Denis Brean, seu parceiro em sucessos memoráveis como “Franqueza”, “Raízes” “A Mulher do Meu Amigo”, “Festa do Samba” , entre outros. Extremamente eclético. Oswaldo Guilherme tem varias outras composições individuais conhecidas, tendo inclusive composto o “Hino do Guarani Futebol Clube”, de Campinas, sua cidade Natal onde mora até hoje.
Também natural de Campinas, Denis Brean teve a sua primeira grande vitória como compositor com a marcha da Festa da Uva de Campinas. Mas, mesmo antes, Denis já era conhecido sob seu segundo nome Duarte como autor de “Boogie Woogie na Favela”.
Individualmente Denis Brean também fez carreira como jornalista, radialista, especializado em crítica de discos, tendo ajudado inúmeros compositores, músicos, intérpretes do rádio, disco e televisão.
Seu principal parceiro foi o Guilherme com quem deixou mais de cem músicas gravadas, muitas inéditas.
Além de Oswaldo Guilherme Denis compôs juntamente com Guilherme de Almeida. Paulo Bonfim, e David Nasser.
Suas gravações foram interpretadas por artistas como Francisco Alves, Elizeth Cardoso, as irmãs: Linda e Dircinha Batista, os Demônios da Garoa, Lana Bitencourt, e muitos outros.

A BANDA 1966
Composição, interpretação e depoimento de Chico Buarque de Hollanda Rio de Janeiro 19/6/44, a Cervantes. Arranjo de Chiquinho de Moraes. Gravado em 31/8/66

A casa de Chico sempre foi freqüentada por intelectuais, músicos, teatrólogos, etc.
Foi neste ambiente, dois quais seus pais participavam ativamente, tocando com amigos como Vinícius de Moraes, que Chico cresceu.
Sua irmã mais velha, Miucha foi sua professora de violão e também de teoria musical.
No inicio de sua carreira tentava imitar João Gilberto, sendo que suas primeiras composições, foram, “Canção dos Olhos” e “Anjinho Rafael”.
Sua primeira composição apresentada em publico foi “Marcha Para Um Dia de Sol”, no colégio Rio Branco, em São Paulo em outubro de 1964.
Após participar de inúmeros festivais e shows, Chico lançou seu primeiro disco, neste mesmo ano com as músicas “Pedro Pedreiro” e “Sonho de Um Carnaval”.
Mas seu primeiro grande sucesso nacional foi realmente “A Banda”, primeira colocada juntamente com “Disparada” no II Festival de Música Brasileira da TV Record São Paulo em 1966.
Desde então, a carreira de Chico tornou-se uma sucessão de êxitos nacionais.
São mais de 100 músicas, peças teatrais, shows de extrema beleza e sensibilidade, trilhas sonoras para cinema, realizadas individualmente ou com parceiros famosos, de autoria de Chico um nome que merece fazer parte de qualquer trabalho sobre música popular brasileira.

EU E A BRISA 1966
Com Maria Creusa Silva Lima, gravação 9/10/72, Alfredo José da Silva (Johnny Alf) Rio de Janeiro 19/5/29.
Depoimento de Zuza Homem de Mello a Aramis Millarch.

Johnny Alf começa sua carreira aos 9 anos de idade aprendendo piano com Geni Borges.
Logo demonstrou interesse por compositores americanos como George Gerswin e Cole Porter. Aproximadamente com 14 anos fundou com amigos de Vila Isabel um conjunto que tocava nos fins de semana na Praça Sete, no Andaraí.
Entrando em contacto posteriormente com o pessoal do Instituto Brasil-Estados Unidos, foi convidado a participar de um grupo artístico.
Nesta época adotou seu atual pseudonimo e juntamente com o seu grupo, fundou um clube para promoções de intercambio de música brasileira e norte americana.
Este clube teve inclusive nomes famosos como Tom Jobim, Nora Ney e Luis Bonfá, assim como Dick Farney, que em 1949 tornava-se também seu sócio.
Músico da noite, sempre convidado a participar do que havia de melhor em matéria de música, Johnny Alf foi construindo a sua carreira e já em 1953 duas músicas suas “Céu e Mar” e “Rapaz de Bem” começavam a destacar-se no cenário da música popular brasileira. Esta última composição é considerada como precursora da bossa nova pela sua estrutura harmônica e melodiosa.
Em 1961, Johnny é convidado a tocar no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Não aceita, preferindo ficar no Brasil, para alegria de quem gosta de música.
“Eu e a Brisa” foi interpretada pela primeira vez pela cantora Marcia no III Festiva de Música Popular da Record, São Paulo, apesar de desclassificada nas eliminatórias, tornou-se um enorme sucesso um mês depois do Festival.




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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

LP PHONO 73 O CANTO DE UM POVO Nº 3 PHILIPS 1973



LP PHONO 73 O CANTO DE UM POVO Nº 3
MANIFESTO


1973

PHILIPS 6349075



Gilberto Gil disse um dia: Há várias formas de fazer Música Brasileira.
Eu prefiro todas.
Nós acreditamos e continuamos acreditando cada vez mais.
A torrente criativa na Música Popular Brasileira se processa em vários níveis.
Escolha o seu e deixe que cada um escolha o que seu ouvido e sua vida mandar (ou pedir, ou exigir). Chô Chuá, Cada Macaco no Galho / Chô Chuá, Eu não me canso de falar.
Cada um tem a música que precisa. Ou que merece.
Quem pode ter a pretensão (ou a loucura) de dizer o que o povo DEVE ou TEM que ouvir? Na Alemanha, numa época, tentaram. Não deu certo...
A Música Brasileira é hoje, em sua totalidade, uma das mais fortes expressões das angústias, sonhos e emoções coletivas de nosso povo.
A inspiração brasileira: da mais simples moda de viola à mais elaborada harmonia.
Nós aceitamos todas porque negá-las seria negar comunidades inteiras, com suas necessidades e suas formas de expressão.
Estamos abertos à música que se faz no Brasil. E se faz muita música no Brasil.
Porque há muita gente no Brasil querendo ouvir música. Gente das mais diversas sensibilidades, das mais distantes classes sociais, dos mais defasados níveis de consciência. E nós queremos que sempre haja uma música enquanto houver alguém disposto a ouvi-la.
A PHONO 73 é a expressão viva de nossa posição e disposição diante da música que se faz hoje no Brasil. Venha de onde vier, seja feita por quem for, de que forma for.
Canto aberto. Prá todos que quiserem ouvir. Para um país inteiro.
Canto de Um Povo.

Banda do Canecão
Caetano Veloso
Chico Buarque
Elis Regina
Erasmo Carlos
Fagner
Gal Costa
Gilberto Gil
Hermeto Pascoal
Ivan Lins
Jair Rodrigues
Jards Macalé
Jorge Bem
Jorge Mautner
Luis Melodia
Marcus Pitter
Maria Bethania
MPB 4
Nara Leão
Odair Jose
Os Mutantes
Quinteto Violado
Raul Seixas
Rita Lee
Lucia Turnbull
Ronnie Von
Sergio Sampaio
Vinicius e
Toquinho
Zimbo Trio
Wanderlea
Wilson Simonal


DIZ QUE FUI POR AÍ NARA LEÃO
QUINZE ANOS
NARA LEÃO
MOVIMENTOS DOS BARCOS
JARDS MACALÉ
TREM DAS ONZE
GAL COSTA
SEBASTIANA
GAL COSTA
ORAÇÃO DA MÃE MENININHA
GAL COSTA E MARIA BETHANIA
PRECISO APRENDER A SER SÓ
MARIA BETHANIA
TRAMPOLIM
MARIA BETHANIA
A VOLTA DA ASA BRANCA
CAETANO VELOXO
EU SO QUERO UM XODÓ.




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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

LP CLARA NUNES ALVORECER 1974 ODEON




LP CLARA NUNES ALVORECER

1974

ODEON SMOFB 3835






“MENINO DEUS” ou “ALVORECER”, poderia muito bem ser o nome desse novo disco de Clara Nunes, devido à esses sambas maravilhosos de Mauro Duarte / Paulo Cesar Pinheiro e Ivone Lara / Délcio Carvalho. Com o otimismo dominante na mensagem desses dois grandes sambas, e a seqüência de afros e outras coisas bem brasileiras, em especial “O QUE É QUE A BAIANA TEM” de Caymmi, ficamos bastante certo de que esse disco acabará de fixar, definitivamente, esta imagem audio e visual de cantora essencialmente brasileira, que CLARA NUNES vem assumindo, como foi planejado há 4 anos passados, começando pelo “Misticismo da Africa ao Brasil”. Ficamos certos disso não só pelo seu sucesso perante ao público brasileiro, mas também em Portugal, Suécia e finalmente no Festival de Midem, França, que é do conhecimento de todos.
Adelzon Alves.

Orquestração dos Maestros: Carlos Monteiro de Souza, João Donato, Helio Delmiro e Orlando Silveira.


LADO UM
MENINO DEUS
SAMBA DA VOLTA
SINDORERE
O QUE QUE A BAIANA TEM
MEU SAPATO JA FUROU
PUNHAL

LADO DOIS
ALVORECER
NANAE NANA NAIANA
CONTO DE AREIA
PAU DE ARARA
ESSE MEU CANTAR




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terça-feira, 12 de agosto de 2008

LP MARIA TERESA CHACIN EN AZUL AMARILLO Y ROJO 1980 PALACIO




LP MARIA TERESA CHACIN EN AZUL AMARILLO Y ROJO

PALACIO

PAL LPS 66466

1980

VENEZUELA





Quiero hacer un reconocimiento a nuestros compositores que en su labor maravilloso me han permitido estar muy cerca de ustedes, a traves del disco y de recitales por toda Venezuela. Puedo decirles porque realmente lo siento y porque lo he vivido que estamos a la altura de los mejores cancioneros populares del mundo.
Maria Teresa Chacin
P.D. Ali: Tus arreglos están fabulosos gracias por acompañarme.
Arreglos y Dirección ALI AGUERO


Músicos:
Lucio Caminiti, Piano
Angel Melo, Cuatro
Isaias Urbina, Guitarra
Jose Velazquez y Oswaldo La Rosa, Bajo
Ivan Velazquez, Bateria
Manuel Urbina y Jesus Quintero, Percusión
Carmelo Russo, Sigfrido Chiva, Marshal Marcus, David Newman, Grigorije Girovski, Giulio Remesaro, Luciano Stecconi y Begdan Biegnievski, Violines
Jose Olmedo y Francisco Molo, Viola
Karel Adamicek y John Hine, Chelo
Carlos Acosta, Contrabajo
Benjamin Brea y Nelson Hernandez, Flauta
Manolo Freire, Sax Soprano
Benjamin Brea y Manolo Freire, Gaita Gallega
Ramon Carranza Clarinete
Manolo Perez, Luis Lewis y Alberto Flamini,



Side A
01 Azul, Amarillo y Rojo (Eduardo Serrano)
02 Todo Este Campo Es Mío (Simón Díaz)
03 Aire Oriental (Manuel Graterol Santander/Folklore)
04 Sola y Felíz (Alí Aguero)


Side B
01 Pasaje Del Olvido (Simón Díaz)
02 Mañanita Pueblerina (Inocente Carreño)
03 El Totumo De Guarenas (Benito Canónigo)
04 Pot-Pourri M.T.
a- La Paraulata (Juan Vicente Torrealba)
b- Pasillaneando (Dr. José La Riva)
c- Golpe y Estribillo (Pascual García)
d- Romance (Manuel Graterol Santander/Rodrigo Troconis)
e- Mar y Llano (Ramón Sanoja Medina/Alfredo Tenepe)
f- Mi Querencia (Simón Díaz)
g- Pajarillo (Manuel Graterol Santander)




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Porque es Imprescindible Sueñar

sábado, 9 de agosto de 2008

LP MISSINHO GAROTO DE RUA 1987 EPIC




LP MISSINHO GAROTO DE RUA
1987
EPIC 144513



Ano passado, a Bahia e o Nordeste inteiros vibraram com o merengue deboche, ritmo divulgado por Missinho, Ex Chiclete com Banana, e que foi sucesso através de músicas como Felina, Merengue Tropical, Gata Cubana e Neons dos Guetos, música que dava título ao Lp de estréia do artista na CBS.
Agora, Missinho retorna com Garoto de Rua, novo álbum produzido por Nestor Madris, repleto de ritmos e influências das mais diversas, resgatando o som centro-americano, a salsa, o merengue, a rumba – as, fusões com o reggae e o rock.
Do Caribe à Africa, uma musicalidade sem fronteiras.
A contestação social, típica do reggae, vem expressa em Tá Sujeira, um reggae rock da melhor qualidade, de Missinho e Beto Nascimento, que fala da situação atual do país, mas de maneira leve e até com uma pitada de humor: “A gente até parece que tem / Cara de otário / Já nasce devendo ao fundo monetário...”. De influência caribenha, Sabor de Merengue (Missinho – Osvaldo Menezes) tem uma levada sensual, explícita na própria letra (“Me pega e me leva / Pra cama / Teu corpo me chama / Me ama, é prazer...”), enquanto o Ouro de Orumilá (da mesma dupla) vem num clima nostálgico, naipes de sopro, à las 60, numa poesia erotizada: “Ela diz que não quer que quer / Que vai e fica nesse entra e sai / Sai e não sai / Vai não vai / Bota mais, bem mais...”
Garoto de Rua, canção título do Lp, traz o cotidiano do povo brasileiro na figura do pivete de rua, uma das maiores vitimas de um sistema de vida terceiro-mundista. O ritmo e a envoltura solta contrastam muito bem com a seriedade da letra: “Eu vou / Nessa luta que eu vou / Pelas esquinas afora / Que maltratam e devoram / Não sou bandido / Sou a realidade tão crua / Sempre bandido / Sou garoto de rua”. Fechando o lado 1, um hilariante forró, Balão Beijo, reminiscência do lado raiz de Missinho, admirador dos trabalhos de Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e Luiz Gonzaga.
“Quero bailar / Contigo, negrita / Teu corpo me excita / Sou viajante sem nexo / Na fina flor do teu sexo / Quero viajar no brilho / Dos teus quadris / A me incendiar / Eu sou teu bezerro / Neguinha / Querendo Mamar”.
Escandalosa traz uma letra picante num ritmo “arretado”, interpretada por Missinho e Tânia Alvez, num duo perfeito, ou como diz Missinho: “Num convite ao prazer frenético. Escandalosa! Maravilhosa!”.
Há algum tempo, Missinho introduziu o galope na música baiana, através de músicas que viraram sucesso como Mistérios das Estrelas, Sementes, Lua Menina. Neste álbum. A Face Oculta da Lua adiciona novas tendencias ao ritmo tão curtido no Norte e Nordeste. Na mesma viagem da pesquisa rítmica, Luz do Viver mistura lambada e merengue, tornando-se inédita no gênero, enquanto Tambor Falante é uma homenagem a mãe África: o instrumento que dá título a canção vem sendo muito utilizada na juju-music nigeriana. Na poesia, quase uma alto-confissão que revela: “Meu coração / É um tambor falante / Que toca na África / Juju-Music / Cha Cha Cha / Meu coração / É um alto falante / No morro sob o luar / Dança afro-baiana”. Finalizando com o instrumental Coração Percussivo, o toque tribal mistura sons sobrepostos, ecos e gemidos. Um cântico ao coração do tambor.

A
TA SUJEIRA
SABOR DE MERENGUE
OURO DE ORUMILA
GAROTO DE RUA
BALAO BEIJO
B
ESCANDALOSA Participação Tânia Alvez.
A FACE OCULTA DA LUA
LUZ DO VIVER
TAMBOR FALANTE
CORAÇAO PERCUSSIVO (instrumental)




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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CONTOS PIRANDELLIANOS Editora Brasiliense




CONTOS PIRANDELLIANOS
7 AUTORES A PROCURA DE UM BAR
Editora Brasiliense



Alguém já disse que o PIRANDELLO não é apenas um bar, é uma instituição. Sete autores comemoram com seus contos, os cinco anos desse spazio.

Mario Prata Punch no estomago
Joyce Cavalcante Alucinações em dimensão reduzida
Ignácio de Loyola Brandão As pirações do Pirandello
Caio Fernando de Abreu Uma praiazinha de areia bem clara, ali, na beira da sanga
José Márcio Penido Mesa 22
Luiz Roncari Amuletadoamor
Reinaldo Moraes Madrugada do apocalipse

(A) GUIZADOPIRANDELLO
Alguém já disse que o Pirandello não é apenas um bar, é uma instituição. Definição que pode ser aceita com o maior dos realismos, apesar do Pirandello ser uma casa de ilusões, sempre à beira do concreto. Sete escritores compõe este presente de aniversario no quinto ano de existência do Spazio Pirandello, cada um fornecendo uma visão própria que é comum a todos. Nos contos, o Pirandello confirma sua imagem de vendedor de ilusões. Para nós, essa imagem também é verdadeira. Desde o inicio, antes mesmo da inauguração, não queríamos ter apenas um bar, um restaurante. Queríamos ter uma casa onde as pessoas se sentissem tão a vontade quanto um gueto permite. Por isso, batizamos o Piradello de Spazio, que era mais globalizante. Surgiu a casa. No primeiro ano, era um bar teatral, animado, local da moda. Depois passou a ser, também, uma especie de centro cultural e politico. Veio a primeira exposição do Flávio Império, um cenário de bandeiras tremulantes que esfriavam o verão de 81. Veio, também, a exposição homenagem a Picasso, com originais e muita emoção. Veio a alegria da banda dançando debaixo da chuva do pré-carnaval paulistano, já por si bastante aguado. Veio a efervescência política pré-eleitoral, com PT e PMDB disputando nas mesas as preferências para o governo estadual. Casa democrática, o Pirandello fez jantares pró-fundos para os dois partidos. É que, acima das divisões partidárias, estava o caráter das pessoas envolvidas, gente muito querida no Spazio Pirandello. Enquanto isso na calçada, as mãos famosas do teatro, do cinema, das artes plásticas, da moda, as mãos das pessoas que agitam a vida desta cidade na política, na imprensa, as mãos das pessoas que se preocupam com o ser humano, foram sendo impressas no cimento, esperando um dia que a velha Light viesse desavisada e destruísse tudo. Mas os destroços ainda estão lá, motivo de orgulho e fé na raça humana. No palco que é o próprio Pirandello, aconteciam os eventos. Um candidato (eleito) a senador autografando seu novo livro, escritores anônimos ganhando espaço para veicular seus trabalhos, jovens músicos repelidos pelas FMS lançando seus discos, artistas famosos fazendo suas festas, gente de teatro apresentando trechos de sus espetáculos, performances acontecendo na casa que não era especializada. Performances que já eram assim quando o nome usado ainda era o antigo happening. Poetas lendo suas poesias de mesa em mesa, sempre num clima do mais alto astral. Ah! Pode perguntar ao leitor mais desavisado, e os nomes dessas pessoas, por que não aparecem nesse prefácio? Porque fazem parte da história do Spazio Pirandello, e isto aqui é apenas uma introdução aos Sete Contos Pirandellianos. Essas pessoas queridas sabem que elas estão aqui, no sentimento deste texto. Ou vocês acham que o lançamento do Amarelo pelas Diretas, uma campanha lançada no Pirandello, não teve a participação de varias pessoas fascinantes que aqui também não serão nominadas? Ao lado dessas realizações, o Pirandello também tem o seu folclore, as fantasias que correm a seu respeito. E os porões do Pirandello, hein? Quantas histórias escabrosas, sórdidas, românticas, fantasiosas, delirantes ou qualquer outro adjetivo disponível já não foram contadas oralmente nesta cidade? Você, caro pirandelliano, com certeza já ouviu várias. E, como bom pirandelliano, você sabe o nosso lema. Diante de qualquer ilusão colocada em questionamento, só nos resta dizer que “assim é, se lhe parece”, como já dizia o velho Pirandello, aquele gênio italiano do retrato do bar. Melhor dizendo, do Spazio.
Antonio Maschio e Wladimir Soares
São Paulo, 7 de janeiro de 1985,.


Tienda Cafe Con Che
Porque é Imprescindível Sonhar

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

LP SIDNEY MAGAL 1990 CBS




LP SIDNEY MAGAL
1990

CBS231250




UM GOSTO DE SOL
Os tempos são novos. A postura de Magal também. Sidney, o Ciganinho inventado, o andaluz armado sobre romances fabulosos para chegar à mídia, estes são resíduos arquivados para sempre. O verdadeiro Magal deles emerge integro e recomeça a partir deste disco.
Os valores reais e acumulados por ele, os valores que o fizeram “chegar lá”, evidentemente esses se somarão à nova proposta que tem inicio aqui. A tela de cores vivas segue mais forte que nunca, apenas todas as suas molduras perderam o sentido. Com um estilo profundamente definido, foi difícil a Magal – esse geminiano de metro e noventa – resistir aos muitos protótipos que lhes eram seguidamente apresentado a partir de uma desistência dele, Magal não queria continuar inserido naquela postura sobrecarregada e bastante defasada, talvez por isso.
Ele foi paciente. Sem gravar, sem apresentações públicas de relevo, separou dois anos e pouco para uma revisão, uma reavaliação do seu trabalho. Estava disposto a parar caso não lhe fosse apresentado um modelo ao qual se incorporaria com espontaneidade, ao qual se incorporaria sem usar aqueles expedientes que atuaram sobre ele como verdadeiras navalhas. As mesmas lâminas que o serviram acabaram por esquartejá-lo.
Foi quando a lambada ascendeu aos píncaros, rebocando afluentes que lhe eram familiares como o mambo, o merengue, o bolero e a salsa.
Tudo isso lhe caiu como uma luva. E a lambada, esse “ritmodança” lindíssimo e agilíssimo que até aqui só possui esse corpo, ganhou a cara de Magal. A sinceridade desse encontro ninguém explica, mas a verdade dele é indiscutível.



A CARA DO SOL
São dez sois indicando que no rosto de Magal. São dez faixas com muita luz. Não procura sombras por aqui porque não as encontrarás. Talvez algumas zonas de mormaço para reflexões menos acesas. Evidentemente toda essa canícula é suportada, até com prazer, porque esses dez sóis brilham sobre praias cheias de mordomias gostosas e sensuais pelas quais é responsável o armador musical desse redil, Ary Sperling. Ele oferece prodigamente frutos e sucos musicais através de sons tropicais e gostosos.
Nesse decór fantástico, todos os drinks são servidos em ritmos alucinantes pelo próprio Magal. E a medir a distribuição de toda essa orgia musical, a dosar o tesão que isso resulta, o mestre Max Pierre, produtor musical deste trabalho. Às vezes presente, a lambada dá toda a identidade a esse climão.
Chamemos de praia as quatro faixas que vocês conhecem: “Haja Amor”, “Beijo na Boca”, “Meia Lua Inteira” e principalmente “Lança Perfume”. Posso lhes garantir, entretanto, que sem perder os contornos que as fizeram famosas, elas, ungidas de magia e andamentos renovados, lhes parecerão mais novas e mais belas.
A virgindade das demais praias dessa viagem possuí aquele cheiro de Bahia. Aroma que tem gosto e forma “Mixigenado” aos paladares “tropicaribenhos”, dele exala o cheiro no qual lhes quero situar.
O cheiro deste disco.
A mais eminente dessas praias tem um nome tentador: “Me Chama Que Eu Vou”. Seguem-se as praias de “Morena Bonita”, da “Eloisa” e uma praia; que, à noite, das nossas fantasias, lhes confere “Um Brilho Cor de Prata”. E se as forças lhe sobrarem, cheguem à mais sensual dessas praias: a “Bate-Coxa”. Certamente depois vocês se entreolhando deduzirão: “Só Fiz Bem Querer-te”.

O CRUZEIRO TROPICAL
Este cruzeiro gostoso, sensual e cheio de sol só nos foi possivel pela união de Max Pierre à audácia de Alberto Traiger, os comodoros desta escuna moderna. Max produziu todo o roteiro musical dessa nossa viagem. Traiger viabilizou-a. “By appointment” da sofisticadíssima CBS. Com toda essa estrutura e com uma tripulação assim, não foi difícil a Magal – que sempre teve acesso as coisas boas da vida – comandar a festa deste disco que percorre as praias paradisíacas.
O rosto da lambada, no caso Magal, foi todo ele produzido por Cristina Franco, moça cheia de dedinhos e intimidade com o que seja internacional.
Com tantos elementos tão positivos, só lhe resta entrar nessa “trip” tropical e colorida. Um drink na mão, muitas fantasias na cuca, dance, cante, sinta, curta todo esse clima cheio de charme. Aparentemente desarrumado, mas sabiamente produzido. Elegante, enfim.
Ronaldo Bôscoli.

A
BEIJO NA BOCA
MORENA BONITA
BATE COXA
HAJA AMOR
SO FIZ BEM QUERER TE
B
ME CHAMA QUE EU VOU
ELOISA
LANÇA PERFUME
BRILHO COR DE PRATA
MEIA LUA INTEIRA




Tienda Café Com Che
Porque é Imprescindível Sonhar