sexta-feira, 8 de agosto de 2008

CONTOS PIRANDELLIANOS Editora Brasiliense




CONTOS PIRANDELLIANOS
7 AUTORES A PROCURA DE UM BAR
Editora Brasiliense



Alguém já disse que o PIRANDELLO não é apenas um bar, é uma instituição. Sete autores comemoram com seus contos, os cinco anos desse spazio.

Mario Prata Punch no estomago
Joyce Cavalcante Alucinações em dimensão reduzida
Ignácio de Loyola Brandão As pirações do Pirandello
Caio Fernando de Abreu Uma praiazinha de areia bem clara, ali, na beira da sanga
José Márcio Penido Mesa 22
Luiz Roncari Amuletadoamor
Reinaldo Moraes Madrugada do apocalipse

(A) GUIZADOPIRANDELLO
Alguém já disse que o Pirandello não é apenas um bar, é uma instituição. Definição que pode ser aceita com o maior dos realismos, apesar do Pirandello ser uma casa de ilusões, sempre à beira do concreto. Sete escritores compõe este presente de aniversario no quinto ano de existência do Spazio Pirandello, cada um fornecendo uma visão própria que é comum a todos. Nos contos, o Pirandello confirma sua imagem de vendedor de ilusões. Para nós, essa imagem também é verdadeira. Desde o inicio, antes mesmo da inauguração, não queríamos ter apenas um bar, um restaurante. Queríamos ter uma casa onde as pessoas se sentissem tão a vontade quanto um gueto permite. Por isso, batizamos o Piradello de Spazio, que era mais globalizante. Surgiu a casa. No primeiro ano, era um bar teatral, animado, local da moda. Depois passou a ser, também, uma especie de centro cultural e politico. Veio a primeira exposição do Flávio Império, um cenário de bandeiras tremulantes que esfriavam o verão de 81. Veio, também, a exposição homenagem a Picasso, com originais e muita emoção. Veio a alegria da banda dançando debaixo da chuva do pré-carnaval paulistano, já por si bastante aguado. Veio a efervescência política pré-eleitoral, com PT e PMDB disputando nas mesas as preferências para o governo estadual. Casa democrática, o Pirandello fez jantares pró-fundos para os dois partidos. É que, acima das divisões partidárias, estava o caráter das pessoas envolvidas, gente muito querida no Spazio Pirandello. Enquanto isso na calçada, as mãos famosas do teatro, do cinema, das artes plásticas, da moda, as mãos das pessoas que agitam a vida desta cidade na política, na imprensa, as mãos das pessoas que se preocupam com o ser humano, foram sendo impressas no cimento, esperando um dia que a velha Light viesse desavisada e destruísse tudo. Mas os destroços ainda estão lá, motivo de orgulho e fé na raça humana. No palco que é o próprio Pirandello, aconteciam os eventos. Um candidato (eleito) a senador autografando seu novo livro, escritores anônimos ganhando espaço para veicular seus trabalhos, jovens músicos repelidos pelas FMS lançando seus discos, artistas famosos fazendo suas festas, gente de teatro apresentando trechos de sus espetáculos, performances acontecendo na casa que não era especializada. Performances que já eram assim quando o nome usado ainda era o antigo happening. Poetas lendo suas poesias de mesa em mesa, sempre num clima do mais alto astral. Ah! Pode perguntar ao leitor mais desavisado, e os nomes dessas pessoas, por que não aparecem nesse prefácio? Porque fazem parte da história do Spazio Pirandello, e isto aqui é apenas uma introdução aos Sete Contos Pirandellianos. Essas pessoas queridas sabem que elas estão aqui, no sentimento deste texto. Ou vocês acham que o lançamento do Amarelo pelas Diretas, uma campanha lançada no Pirandello, não teve a participação de varias pessoas fascinantes que aqui também não serão nominadas? Ao lado dessas realizações, o Pirandello também tem o seu folclore, as fantasias que correm a seu respeito. E os porões do Pirandello, hein? Quantas histórias escabrosas, sórdidas, românticas, fantasiosas, delirantes ou qualquer outro adjetivo disponível já não foram contadas oralmente nesta cidade? Você, caro pirandelliano, com certeza já ouviu várias. E, como bom pirandelliano, você sabe o nosso lema. Diante de qualquer ilusão colocada em questionamento, só nos resta dizer que “assim é, se lhe parece”, como já dizia o velho Pirandello, aquele gênio italiano do retrato do bar. Melhor dizendo, do Spazio.
Antonio Maschio e Wladimir Soares
São Paulo, 7 de janeiro de 1985,.


Tienda Cafe Con Che
Porque é Imprescindível Sonhar

3 comentários:

Anônimo disse...

I truly appreciate it.

maria o carmo teixeira disse...

oi amigo!
quero um puta favorzão seu!!
fui amiga de adolescência do José Márcio Penido
somos de Cambuquira, Minas Gerais
há anos q ñ sei nada sobre ele
ñ vou pedir nada exagerao, viu?
queria só saber como ele está, se escreve em algum lugar, SE ESTÁ VIVO!
nossa, se vc me responder será mto bom...
Legal seu trabalho: parabéns
bom, é isso
um abraço apertado, um beijo e um queijinho mineiro...

maria o carmo teixeira disse...

ó, meu orkut é
maria_joao@ibest.com.br

e mail: mariacambuquira@hotmail.com

só falar que o José Márcio está legal já tá bom rssssssssssss