LP OS VIOLINOS MAGICOS
HI FI 2033
MUSIDISC
A idéia de produzir um disco como êste já de há muito surgira na Musidisc. Mas não houve pressa em concretizá-la. Era preciso que tudo fôsse feito cuidadosamente, de sorte que o LP resultasse realmente monumental, capaz de constituir um dos maiores sucessos da etiquêta MUSIDISC. A começar pela escolha do roteiro.
O ritmo de balada-rock, a que teriam de ser transportados os dez números previstos exigia melodias não apenas bonitas e já credenciadas por uma evidente popularidade, mas também que essas melodias possuíssem um andamento por assim dizer maleável permitindo uma adaptação perfeita, por meio de arranjos hàbilmente executados. Muitas foram experimentadas e postas de lado, até que a escolha se fixou na dezena que aqui está. Cada uma delas (originalmente foxes, sambas, boleros ou canções) resultou numa balada-rock magnífica, sem nada haver perdido de se sabor original. E, então, chegou a vez dos *violinos mágicos.
Duas orquestras de violinos, secundadas por trompas, trombones, saxes, piano, guitarra, baixo e bateria, incumbiram-se de justificar o título do LP. Porque se existe um instrumento que mereça o qualificativo de mágico – e nas mãos de Paganini chegou a ser diabólico – êsse instrumento é o violino, com a prodigiosa sonoridade de que é capaz e a doçura infinita que pode fazer brotar de suas quatro cordas.
Como é óbvio, pois, cabe aos violinos – e êles são dezenas – a função principal de conduzir a melodia, secundadas pelos outros instrumentos, entre êles o piano, que faz a marcação sistemática do ritmo em quiálteras. Em uníssono ou em contracanto, estabelecendo entre si, por vêzes verdadeiros diálogos, com um grupo respondendo a frase melódica, que o outro grupo emitiu, o efeito alcançado pelos violinos dublados é de uma grandiosidade magnifica, não raro empolgante, comparável mesmo – guardadas, é claro, as devidas proporções – à dos melhores momentos da música sinfônica.
Mas tudo isso, repetimos, sem que o sabor da música popular se perca ou se mascare. Não há aqui o que acontece, por exemplo, no outro plano, com as grandes fantasias de luxo dos bailes do Municipal: deslumbrantes, monumentais, mas, por isso mesmo, condenando as beldades que o suportam ao estático e melancólico papel de Tântalos em “travesti”. A fantasia de balada-rock, tecida pelos fios sonoros dos violinos mágicos e seus coadjuvantes, é maravilhosa, sem dúvida, mas é também leve, flexível, permitindo às diferentes melodias que a vestem tôda elasticidade de seu ritmo primitivo e a plena posse de seu encanto original. E por isso. “Violinos Mágicos” é, indubitàvelmente, um extraordinário disco de dança.
Duas gravações diferentes estarão sendo lançadas: a monaural, em alta-fidelidade, e a estereofônica, em que o índice de grandiosidade mais ainda se sublima e na qual os diálogos dos violinos, como é fácil avaliar, terão um prodigioso cunho de realidade. De uma ou outra forma, no entanto, o “long-playing” que a gravadora de Nilo Sérgio produziu e agora oferece ao nosso público na “Tienda Café Con Che” deverá ser marcado com uma pedra branca, de vez que assinala um dos mais brilhantes e espetaculares lançamentos da etiquêta MUSIDISC em tôda a sua vitoriosa carreira.
Sebastião Fonseca.
FACE A
SEPTEMBER SONG
NA MADRUGADA
DREAM
ONTEM E HOJE
DO RE MI
SEPTEMBER SONG
NA MADRUGADA
DREAM
ONTEM E HOJE
DO RE MI
FACE B
SE TODOS FOSSEM IGUAIS A VOCE
YOU LL NEVER KNOW
NINGUEM ME AMA
TUA
CASTIGO
Tienda Cafe Con Che
Porque é Imprescindível Sonhar
Um comentário:
O que seria da vida sem os sonhos? E o que seria dos sonhos se não pudéssemos realizá-los? Aqui está um pouco dos três...Vida,sonho e realização. Muito Sucesso!!! Dale!!
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