segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

LP / VINIL BENIAMINO GIGLI O TENOR IMORTAL MONO



LP BENIAMINO GIGLI O TENOR IMORTAL
VOL 3

ANGEL 3 BBX18

MONO

BR XLD10590

“A grande arte do canto esta desaparecendo”. Isto é o que se diz desde que existe a arte do canto. Rossini queixava-se do “péssimo estilo” dos cantores; Mancini, professor de canto no Côrte Imperial de Viena, lamentava-se: “os cantores abandonam como inútil o estudo e por isso não tem mais perfeição”; Píer Francesco Tosi, acadêmico filarmônico, escrevia em 1723: “senhores maestros, a Itália não ouve mais as vozes dos tempos passados”.
Verdi era de outra opinião. Falando de uma cantora, o soprono Penco; “ela quer cantar como se cantava há trinta anos. Eu gostaria que cantasse como se cantará dentro de trinta anos”.
Está claro. Verdi procurava a projeção de sua arte, da melodramática para o futuro. O presente existia, estava ao alcance da sua mão; o passado não interessava ao criador. Verdi pensava e se preocupava em fixar, nas suas citações, um elemento importante e fundamental: a adaptação aos gostos e as preferências de um publico que ainda não existia, e as qualidades expressivas de artistas formados nas novas escolas.
Visão decididamente pratica e grandiosa, foi a dele. Se os cantores do século anterior não mais expressava a sensibilidade da sua época, muito dificilmente os do seu tempo poderiam interessar as gerações futuras.
Todos sabemos que estava certo. Hoje Verdi – especialmente em suas ultimas óperas e de maneira especial “Falstaff” – é tão atual quando muitos que lhe seguiram. E os cantores de hoje interpretam as suas óperas como seriam cantadas não “trinta anos depois” – como ele dizia – mas sessenta ou setenta.
O exemplo de Giuseppe Verdi pode ser aplicado também aos cantores. Quando Enrico Caruso morreu não faltou quem julgasse definitivamente extinta a temporada dos grandes artistas líricos. Mas pouco depois, Beniamino Gigli com sua arte incomparável desmentia essas previsões tão sombrias. Beniamino Gigli tomou o lugar de Caruso, um Caruso de “trinta anos depois”.
Mas há algo acrescentar-se. Enquanto Caruso viveu uma época bem delimitada e cerceada nos gostos, na mentalidade, e até nos acontecimentos, em outras palavras, dentro e para sua geração, Beniamino Gigli foi o tenor de duas gerações. De fato, em mais de 40 anos de atividade artística, Beniamino Gigli foi sempre absoluto, sua arte sempre em destaque em todos os acontecimentos da mais alta significação artística.
Algo todavia temos a acrescentar a comparação Caruso Gigli. Da arte do primeiro; temos uma documentação relativamente valida; a gravação mecânica com cujo processo eram realizados os seus discos só muito imperfeitamente reproduziu o seu canto. Da arte de Gigli, entretanto, podemos dizer que quase tudo chegou fielmente ate nós. O sistema elétrico de gravação iniciou-se quando Gigli estava com 13 anos de carreira. Dessa maneira quase trinta anos de sua vida artística, podem ser fielmente documentadas pelo disco.
Assim, através do disco, temos uma das mais empolgantes e vitais documentações da arte de Beniamino Gigli desde as óperas completas, até as árias, duetos e recitais; podemos ouvir, hoje como ontem, suas incomparáveis interpretações que graças a sua ductilidade, abrangem practicamente todos os gêneros: a ópera, a ária de câmera, a música, a romanza de salão, a canção, a napolitana e ate modernas canzonettas, muitas das quais incluídas nos seus filmes.
Devemos salientar, no que diz respeito a este Long play, que as matrizes originais foram cuidadosamente trabalhadas pelos técnicos que, através de modernos processos, extraíram dela o maximo, de maneira que a atual reprodução torna-se milagrosamente mais fiel do que os discos originais lançados nas diferente épocas.
Este terceiro long play da serie, vem assim, enriquecer o repertorio brassileiro de gravações de Beniamino Gigli.
Trata-se de uma contribuição sem duvida notável, pois alem de proporcionar ao discófilo mais ampla visão da arte desse tenor, representa, para o estudante de canto, um importante capitulo da historia de sua arte.
Mauricio Quadrio.

LA CANZONE DELL AMORE
ADDIO BEL SOGNO
OCCHI DI FATA
RITORNA AMORE
CARO MIO BEN
LA SPAGNOLA
TI VOGLIO TANTO BENE
NINNA NANNA DELLA VITA
NA SERA E MGGIO
SURDATE
ANIMA MIA
SONTANTO TU MARIA

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