sexta-feira, 2 de novembro de 2007

CD SEXTA SIM AO VIVO TEATRO DE LONA



CD SEXTA SIM AO VIVO

TL0797

Ainda não havia nem seis meses que a nossa banda (Baia & Rockboys) se formara, quando o parceiro Binha nos apresentou ao dono do Teatro de Lona, seu Treme Treme, e disse de maneira quase profética, que aquele seria o nosso reduto. Passamos então, a nos apresentar frequentemente embaixo dessa lona que, de súbito, arrebatou-nos o coração.

DOIS ANOS DEPOIS...
Em meados de 1994, estávamos conversando sobre a ciclicidade das coisas e as necessidades iminente de um novo movimento. Comemorava-se os 25 anos de psicodelismo, Woodstock, Tropicalia, pessoas-cabeludas com ideias cabeludas, e nossa geração, de certa forma, se identificava com tudo isso. Sentíamos a nostalgia de um tempo em que nunca tínhamos vivido.

ERA CHEGADA A HORA DE REALIZARMOS NOSSO PROPRIO SONHO.
A ideia do festival começa a se desenvolver. Víamos um mercado saturadode "produtos" descártaveis e fechado para quem fazia arte, música de qualidade. Naquele mesmo papo, chegamos a conclusão de que o festival abraçaria as sete arte e atividades circenses. Procuramos fazer uma ligação com o Circo Voador e o Espaço Cultural Sergio Porto, onde tocávamos com frequencia.
O fato de que a prefeitura do Rio queria construir uma estação de esgoto no lugar do Teatro de Lona nos caia como uma luva, pois ainda faltava o caráter libertário de um movimento, um protesto, um abaixo assinado.

O NOSSO FESTIVAL ESTAVA NASCENDO.
Tudo ja estava quase pronto, mas faltava-nos o indispensável: um nome. O evento se realizaria uma semana sim, outra não, sempre às sextas-feiras. Então, em um dia qualquer do calendário, Tonho Gebara falava-nos tranquilamente a respeito da progamação: "Acho que na segunda sexta sim, as bandas deveriam ser..." e estacou. Olhou para um lado, para o outro e disse: "Porra! Aí está o nome!". Simples e sonoro como só uma monossílaba pode ser.
Montamos o projeto na fé, com o apoio dos amigos e simpatizantes da idéia.
Mandamos release para toda a imprensa. Naquela época, saiu uma nota, num dos principais jornais da cidade, dizendo ser o T.L um antro de mosquitos e que o evento poderia até ser bom, caso algum expectador aguentasse as picadas e ficasse para assistir. Mas, graças aos céus, a previsão do reporter caiu por terra, quando, naquela primeira noite, ao bater do berimbau, o Grupo Abadá Capoeira formou uma roda e as mil e duzentas pessoas presentes começaram a bater palmas, seguindo o som dos atabaques.
Ah...quanto aos mosquitos, não aturaram a fumaça.
Depois de cinco ediçoes de sucesso do festival, o CD, agora, materializa o sonho. Poder levar para casa um pedaço da lona com as "transverberações" do movimento representado por essas oito bandas, "E UM PRAZER INENARRAVEL"
Um grande beijo para todos os que participaram, cantaram e fizeram desse o seu momento.
Ternamente pensamos em vocês pintores, atores, poetas, seresteiros, namorados, malucos (ou não) e a galera em geral, sem os quais nada disso teria sido possivel.
SHILON, RITA TONHO E BAIA.


1 Tudo de Bom para Todo Mundo MICHEL MELAMED

2 Vi etah! Overdose de Lucidez
3 103 Chapéus de Couro BAIA E ROCKBOYS

4 Eu Não Mereço
5 Viver é Bom Demais DREAD LION

5 Ouça e Olhe
7 Faça o que Quiser Fazer A BRUXA

8 Menina Mando
9 Faca de Ponta TAFARI ROOTS

10 Vestido Desabotoado
11 Madrugadas KANAS E BANDA

12 Demora Não
13 Dono da Situação ACORDA BAMBA

14 Take My Away
15 I Am BASEADO EM BLUES

16 Arpex
17 Viajando de Brincadeira REGÊ E BANDAVERA

18 Falação MARIA JUÇA
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