PE ZEZINHO SCJ UM JOVEM CUSTA MUITO POUCO
Edições Paulinas
1982
Edições Paulinas
1982
Um jovem custa muito pouco.
Eu não sabia disso ate o dia em que, depois de tanto haver trabalhado pelos meus irmãos mais novos, achando que fizera muito por eles, e pensando que entendia o suficiente de juventude, um rapaz muito simples, e uma garota mais simples ainda, ao me verem carregando duas malas num aeroporto de algum lugar da terra, se aproximaram, pediram licença e, sem falar palavra alguma, levaram minhas malas ate o terminal, depositaram-nas junto ao guichê e me desejaram boa viagem dizendo:
- Wherever you may go, Sir, Please, let your people know that we, young people would like a world where everyone would be able to waste some time, helping those whose hands are too busy to bring peace.
- Onde quer que o senhor se destine, por favor, diga ao seu povo que nós os jovens sonhamos com um mundo onde cada qual seja capaz de perder tempo ajudando aqueles, cujas mãos estão ocupadas demais para fazer a paz.
Não sei quem os motivou a isso, mas acertaram na escolha.
Eu aprendi que, por mais que se faça pelos jovens, nunca se faz o suficiente, porque eles são menos finitos do que parecem.
E foi então que eu disse a mim mesmo:
- Um jovem custa muito pouco, um pouco de muito amor.
PE Zezinho, scj.
Meu livro não terá ordem nem lógica. E talvez nem tenha utilidade.
Mas está escrito. E com muito amor.
Dedico estas reflexões aqueles jovens que um dia sonharam comigo, ao lado de tantos outros, mil sonhos de amor e paz para a juventude e que agora, de Jesus Cristo não conservam nem sequer a lembrança.
Eu tive a ilusão de haver feito deles os novos amigos de Deus em quem acredito, provavelmente falhei em algum estado da Jornada.
Que Deus me ajude a ser mais honesto com os outros que um dia se declararem amigos meus e amigos dele.
E se um dia, por uma dessas reviravoltas da vida, eu pudesse ter em mãos uma revista de 5.000.000 de assinantes, um jornal de 2.000.000 de leitores, um programa de radio que todas as emissoras católicas resolvessem transmitir, a chance de produzir um filme, que fosse rodado um dia depois de qualquer dessas fitas pornográficas, que uma arte decaída e a busca do dinheiro coloca em nossas telas...
Se a utopia contrariasse seus caminhos e me colocassem em contato com todos os jovens do meu tempo e do mundo em que vivo, eu provavelmente começaria dizendo as coisas que agora eu passo a registrar nesse livro. Depois diria muito mais ainda.
Como não acho imprudente esperar que o impossível aconteça, resolvi mais uma vez, falar aos jovens que tem tempo de ouvir um adulto e ainda por cima – padre católico. Escrevi mais um livro. Talvez atinja cinqüenta mil jovens. Talvez não consiga nem mesmo isso.
O que passo a escrever para vinte ou cinqüenta mil jovens é o que eu diria de mil maneiras para todos os jovens do meu tempo, se por acaso eu soubesse e pudesse me comunicar, como tanta outra gente que conseguiu muito mais do que eu e quase nunca se preocupa em dialogar com a juventude. Enfim, comunicar não é atingir milhões, mas servir, simplesmente servir. Por isso aqui eu vou de novo.
O Autor.
Era uma vez uma laranjeira,
Que um dia produziu flores,
Que um dia murcharam...
Um homem que não entendia de laranjeiras disse que ela não daria coisa nenhuma, agora que as flores haviam murchado.
Mas um homem que entendia de laranjas ficou tranqüilo e disse que agora é que começariam a crescer os frutos.
E os frutos começaram a crescer. O homem que entendia de laranjas, pôs-se a observar os frutos que nasciam.
E o fruto que tinham sido florzinhas que murchara tinha um centímetro.
Era pequeno e imaturo.
Cresceu e continuou pequeno e imaturo.
Cresceu um pouco mais e tornou-se médio e imaturo.
Cresceu mais ainda e tornou-se grande e imaturo.
Quando chegou a época da plenitude física, o homem que não entendia de laranja, disse que ela já devia ser colhida.
- Tem tamanho físico de laranja, parece laranja, não vai crescer muito mais que isso;
Daqui por diante ela só vai envelhecer,
Logo, vamos colher esta laranja enquanto
Ela é nova.
Mas o homem que entendia de laranjas, objetou dizendo:
- você não entende nada sobre a vida!
Ela parece laranja,
Tem tamanho físico de laranja,
Não vai crescer muito mais do que isso;
Mas ainda não é laranja:
ELA AINDA NÃO ESTA MADURA NEM DOCE POR DENTRO!!!
Deixe que ela receba a luz do alto,
Sugue a seiva da terra com mais intensidade
Do que antes.
E transforme seu intimo em substancia
Doce.
Então começara a ficar dourada por fora
E silenciosamente começara a dizer que
Amadureceu.
O erro de muita gente é querer obrigar uma laranja a ser fruto útil, só porque ela tem físico de laranja. É por dentro que se julga laranja, não pelo seu tamanho exterior.
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