sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

LP MIKE FALCAO E SUA ORQUESTRA JATO AO REDOR DO MUNDO IMPERIAL


LP MIKE FALCÃO E SUA ORQUESTRA JATO AO REDOR DO MUNDO

 

IMPERIAL 30045



Tudo pronto. A pista do bom gôsto esta livre; os instrumentos estão em ordem, completamente afinados; a Companhia é das mais conceituadas; está na hora, portanto, de decolar para uma viagem IMPERIAL ao redor do mundo.

Em cada aeroporto da sensibilidade mundial, o prezado amigo encontrará o melhor em matéria de canção, o prezado amigo encontrará a verdadeira alma de um povo.

Se bem que a viagem seja rápida estamos todos a bordo do Super-jato da Imperial de 12 faixas – nem por isso deixa de ser uma viagem das mais agradáveis e também das mais proveitosas, de vez que as metas musicais mais importantes do mundo serão atingidas.

IMPORTANTE: a tripulação é das mais bem treinadas e cada elemento que a íntegra é de alto gabarito artístico.

SAMBA DA MINHA TERRA

  MATILDA   

 SIBONEY

   AY COSITA LINDA   

OLHOS NEGROS 

 REGALO DE VIAJE   

  NUNCA AOS DOMINGOS    

MANHATTAN 

 AUTUMN IN NEW YORK   

 APRIL IN PARIS 

 LISBOA ANTIGA   

 CIDADE  SÃO SEBASTIÃO


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domingo, 14 de dezembro de 2008

LP SILVIO CALDAS CABELOS BRANCOS CBS MONO

LP  SILVIO CALDAS  CABELOS BRANCOS

 

CBS37559

 

 MONO 

 


Quando Sílvio Caldas terminou a última faixa dêste LP, saimos juntos dos estúdios da Columbia. Eram aproximadamente seis horas da tarde. Sílvio propôs um uísque em Copacabana, para comemorarmos o fim dos trabalhos de gravação <>, ignora naturalmente que é absolutamente impossível conseguir um taxi aqui no centro da cidade, nesta hora de <>...>>

Sílvio mostrou o sorriso bom e inteligente, caminhou alguns passos até a esquina mais próxima e esperou alguns segundos. O primeiro taxi que passou, de bandeira arriada, freou bruscamente, e um enorme crioulo, sorridente, indagou logo para onde o cantor queria ser transportado, Sílvio olhou para mim, significativamente, e deu o enderêço do bar onde iríamos <>.

Contando o fato banal, quero apenas mostrar a popularidade imensa que desfruta o cantor que, com o passar dos anos, mas se torna conhecido e admirado, mas aprimora sua arte, constituindo-se um caso entre as dezenas de intérpretes categorizados da nosso música popular. Se, na ocasião, em vez de taxi, houvesse passado um luxuoso carro particular, o resultado teria sido o mesmo, pois Sílvio é tão querido no morro ou nas gafieiras, como nos salões mais <> ou nos clubes e <> mais sofisticadas. E, em todo lugar, Sílvio é ele mesmo – homem simples e cordial, mas que não se subestima, homem que sabe o que vale.

Outra vez, ouvi o cantor responder a um interlocutor que duvidava de seus dotes de cozinheiro. <>, respondeu Sílvio. Íntimo das caçarolas e dos guisados, conhecedor dos mais complicados môlhos, dos quitutes mais saborosos, sabedor de uma infinidade de receitas, o homem que nunca leu o sutil Brillat-Savarin, que não conhece o livro de Alfonso Reyes, outro enamorado das coisas <>, é mestre, de forno e fogão e se sente tão à vontade numa cozinha como em um estúdio de gravação.

Também em uma oficina mecãnica, Sílvio Caldas é absoluto. Já vi o cantor consertar em três tempos o motor de um automóvel e sorrir satisfeito e orgulhoso quando elogiei os seus dotes múltiplos e variados. Dono da vida e da saúde, Sílvio sabe, como nenhum outro cantor entre nós, <> as suas aparições em público ou frente aos microfones, fator importante para o éxito de um artista. Quando aparece, o público está sempre com saudades dêle...

lembro-me de uma noite das mais felizes da minha vida, em relação às coisas da música. Entrara eu em uma <> de São Paulo, para ouvir Pixinguinha e seus parceiros da <>, que ali se exibiam. Sentei-me em uma mesa de fundo, para evitar que os grandes <>, meus amigos, me vissem. Queria naquela noite, ficar só, com a música admirável e autêntica que êles sambem produzir. Foi quando se levantou o rapaz de cabeça branca, êsse notável Sílvio Caldas, freguês, como eu, da elegante <>. Disse qualquer coisa ao ouvido de Pixinguinha e anunciou: <>. O grande amigo era eu. Não tinha, sequer, visto Sílvio, pensara que ninguém tinha notado a minha presença naquele escuro canto onde me metera, e eis que uma emoção das mais fortes, das mais gratas, se apodera de mim. Sílvio, Pixinguinha, Benedito Lacerda, Donga, João da Baiana, Waldemar, todos aquêles expoentes da nossa música popular, tocando em homenagem a um modesto cronista das coisas do samba, do chôro e da serenata, às vêzes tão mal compreendido...

E lembro mais coisas acontecidas, que <>. Vejo, nitidamente, Sílvio abandonar a <> Chicote, da qual era um dos proprietários, deixando a <> cheia, para sair comigo e Fernando Lobo, sob os protesto do sócio, e sair justamente para cantar, mas só para nós dois, em sua residência, para cantar na intimidade, como êle gosta, comentando as diversas passagens das músicas, violão sôbre o peito largo de atleta que ainda é.

E recordo uma época mais longínqua, quando o moço magrinho, acompanhado ao piano por outro, ainda mais magro, no palco de um cinema em Copacabana, cinema modesto que um arranha-céu derrubou, cantava <>; Sílvio Caldas, o cantor, e Ary Barroso, o compositor, se completavam, e o samba carioca saia perfeito, o cantor fazendo o <> com um sapateado cheio de <>. <>, mais dias dos quais jamais me esquecerei.

Poderia lembrar uma infinidade de pequenos casos, que servem, no entretanto, para dar ao leitor uma idéia do homem e do artista Sílvio Caldas. Inclusive contar certa provocação que fiz

, quando o <> se exibia na incendiada <> Vogue. Para espicaçar o brio do artista, dei a entender que achava sua voz menos expressiva que antes, que êle já não tinha a graça de interpretação de outros tempos, que a sua longa carreira de cantor matara a emoção que demonstrava ao transmitir os versos de um Orestes Barbosa, por exemplo...Para quê fui dizer aquilo! Sílvio pegou o violão e, indiferente aos pedidos que vinham de todos os grupos, cantou, o olhar prêso ao meu, tôdas as maravilhas de seu grande repertório, mostrando que os anos e a experiência, longe de terem afetado ou diminuído a sua voz, longe de terem endurecido a sensibilidade do cantor, tinham justamente feito o contrário – estava êle cantando como nunca, dando o melhor de sua arte, com todos os recursos inexcedíveis de genuíno intérprete popular.


Gravando para a Columbia êste Lp que temos em mãos, Sílvio Caldas vem provar, de <>, que <>. Reunindo alguns <> da nossa música popular, criando novos números, em todos é o mesmo grande cantor de sempre. Apresentando composições que êle popularizou, como <>, de Orondino Silva e Alberto Ribeiro, e <>, traz de volta célebres melodias antes gravadas por outros grandes cantores. Mas, <> e <>, cantadas por Sílvio, são inteiramente diferentes, pois Sílvio Caldas tem um temperamento, Francisco Alves, o primeiro cantor dessas duas belas peças de Lamartine Babo e Fernando Lobo, respectivamente, outro completamente diverso, assim como Mário Reis, o grande estilista e criador de <> e <>, é em tudo diferente do atual intérprete. Todos três grandes cantores, têm sua personalidade marcante, daí a <> que constitui a inclusão neste microsulco dos dois sambas, o primeiro de Ismael Silva, Noel Rosa e Francisco Alves, o segundo apenas de Noel, aquêle que foi <>. E o Sílvio Caldas compositor também está presente, no samba que dá nome a êste Lp, samba que tem versos de Rogaciano Leite, e no outro, <>, que Billy Blanco que é um dos grandes <> da moderna música carioca, homem que tem tôda a malicia, tôda a inspiração e tôda a <> dos grandes sambistas, como prova no delicioso <>, incluído nesta seleção. Presentes também estão Pedro Caetano, sambista de raça, e Ataulfo Alves, o mestre de tantas páginas inspiradas, o criador de tantos sucessos, assim como Marino Pinto e Gilberto Milfont, dois grandes valores, assinando <>, que não é dos números menos importantes aqui reunidos.

Finalmente, quero salientar a interferência de um conjunto regional, composto de grandes instrumentistas, que criam a <> do samba, período que compreende a década de 1930-40, o cantor tem apenas os violões, a flauta, o cavaquinho e o acordeão, o pandeiro e o contrabaixo como acompanhantes. Apenas em <>, exigido pelo tema e pelo título, intervém um pistão. E note-se o emprêgo da surdina, na primeira parte, contrastando com o bocal livre da segunda, em obediência à letra magnífica de Billy Blanco. Numa época em que a preocupação das nossas gravadoras é apresentar grandes orquestrações, muitas vêzes de gôsto duvidoso, é pura a delicia a simplicidade e pureza dos acompanhamentos que encontramos neste novo Lp de Sílvio Caldas. Alguns pensam que <> o samba empregado em sua execução orquestra numerosa, com uma avalancha de violinos, com verdadeira invasão instrumentos de sôpro e percussão. Nada mais falso. O samba é como aquela moça simples, muito mais bela na sua naturalidade que sobrecarregada de enfeites e <> que a desfiguram.

E agora, Sílvio Caldas no prato do fonógrafo, Sílvio o cantor maior do Brasil. E, <> temos a vontade de conseguir o milagre proporcionado pelo disco – êle pode de novo recomeçar, para o prazer do ouvinte, certamente, como eu, um incondicional admirador do artista que, de <>, prova, mais uma vez, que <>.

Lucio Rangel.




CABELOS BRANCOS

FOI UMA PEDRA QUE ROLOU

SAUDADE DE VOCE

UMA JURA QUE FIZ

CHUVAS DE VERAO

SERRA DA BOA ESPERANÇA

 

COMPROMISSO COM A SAUDADE

TALENTO NAO TEM IDADE

REVERSO

PISTON DE GAFIEIRA

PASTORA DOS OLHOS CASTANHOS

QUANDO O SAMBA ACABOU


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sábado, 13 de dezembro de 2008

LP ELIZETH CARDOSO FALOU E DISSE 1970 HIFI COPACABANA

LP ELIZETH CARDOSO FALOU E DISSE

CLP 11592
 
HI FI COPACABANA
 
1970

 

Ah, Elizeth! Cantou e disse. De dentro da roda, você disse que aquêle azul não era do céu nem era do mar. Disse de dentro do samba, que o samba é um rio que passou na vida da gente, o coração se deixando levar. Por dentro da verdade, você falou, você disse que o samba é prá sempre, que é coisa muito da nossa, tá na do povo – e se tá com o povo, tá com Deus. (Deus não é tudo?). E disse mais: disse que a juventude do samba tá na vez, e se foi Cartola, foi Donga, João da Bahiana, foi Ismael, foi Nelson Cavaquinho, foi Ataulfo, foram tantos bambas – agora se juntaram outros tantos: tem Paulinho da Viola, tem Baden Powell, tem Mauricio Tapajós, tem Elton, Mano Décio, tem Martinho da Vila, tem Anescarzinho do Salgueiro, João Nogueira, tem Zé Keti, tem Miltinho, tem Paulinho Cesar Pinheiro, tem João de Aquino, tem Paulo Frederico – tem tantos outros também, tudo cantando e dizendo que a Bahía tá viva ainda lá, que nunca esteve tão viva a Manga (e a Portela, a Vila, o Salgueiro, o Império) e tôdas as escolas de samba, com carinho prá Unidos de Lucas – onde Elizeth dá seu recado no pé todo ano, em qualquer avenida...Pois é, Elizeth cantou e disse. Violões de Geraldo Vespar, B.P. De Aquino, Meira e Dino. Flautas de Jorge Melacrino, Eugênio Martins e Antônio de Souza. Cavaquinho de canhoto. Bateria de Juquinha. Tumbadora de Jorge Arena e atabaque de Alfredo. Marçal, Luna, Elizeu, Bezerra e Geraldo atuam no pandeiro, reco reco, surdo, cuica, agogô e tamborim. Salvador e Wagner no orgão. As vozes do côro são de Zézinho, Pedrinho, Copacabana e, ainda, João de Aquino. É Cida, Margarida, Vera, Eny e Lila. N. Santos no trombone e em todos os arranjos. Odilon, técnico de som. Fotografia e lay-out de J. Fernando Azevedo. Produziu, Herminio Bello de Carvalho, do samba e da poesia. Na supervisão, Moacyr Silva. Porque viu, Otávio de Moraes escreveu esta contracapa. No estúdio Havaí, em março de 70. Quando Elizeth falou e disse. E se disse, é de lei. É de lei.

Otávio de Moraes.

Musicos:
Elizeth Cardoso (vcl)
Geraldo Vespar, Meira, Dino, Baden Powell (git)
Jorge Melacrino, Eugenio Martins, Antonio de Souza (fl)
Canhoto (cavaquinho)
Ernesto Ribeiro-Goncalves (b)
Jorge Arena (tumbadora)
Juquinha (dr)
Alfredo Bessa (atabaque)
Marcal, Luna, Elizeu, Bezerra, Geraldo Vespar
(pandeiro, reco-reco, surdo, cuica, agogo, tamborim)
Salvador, Wagner (org)
N. Santos (arrangements, pos)
Zezinho, Pedrinho, Copacabana, Joao de Aquino, Cida,
Margarida, Vera, Eny, Lia (vcl)
 

LADO 1

É de Lei (Baden Powell - Paulo Cesar Pinheiro)

Corrente De Aco (João Nogueira)

Voce Foi Um Atrazo Em Meu Caminho (Picolino - Jair Costa)

Lua Aberta (Paulo Frederico - João de Aquino)

Tudo OK (Mauricio Tapajós - Herminio Bello de Carvalho)

Refem Da Solidao * (Baden Powell - Paulo Cesar Pinheiro)

LADO 2

Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida (Paulinho da Viola)

Degraus Da Vida (Nelson Cavaquinho - Cesar Brasil - Antonio Braga)

Aviso Aos Navegantes *(Baden Powell - Paulo Cesar Pinheiro)

Camisa Branca (Elton Medeiros - Otavio de Moraes)

Carta De Poeta * (Baden Powell - Paulo Cesar Pinheiro)

A Flor De Laranjeira (Humberto de Carvalho - Ze Pretinho da Bahia e Bernadino Silva)

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

LP GYPSY ! WERNER MÜLLER AND HIS ORCHESTRA 1971 LONDON

LP GYPSY ! WERNER MÜLLER AND HIS ORCHESTRA 

 

LONDON LLN7207 

 

 1971   

 

Procure imaginar-se envolvido por cordas luxuriantes e cheias de sensualidade de uma época distante. Uma música plena de espírito e freqüentemente melancólica, expressão de um povo livre e impetuoso – os ciganos. Música que era como uma segunda linguagem, meio de expressão de suas vidas e de seus anseios.

A época dos ciganos foi aquela das mulheres de longos cabelos de azeviche derramados nas costas, roupas de cores bem vivas e pés descalços que lhes pareciam permitir saborear o contato com o solo. Dos homens vigorosos, de grande sensibilidade e conceito de liberdade total. Homens capazes de penetrar céu a dentro com os olhos da alma, sempre que lhes aprouvesse inclusive deleitar-se com as estrelas à noite. Os ciganos foram os nômades de então – sonho de todo homem, num período ou outro de sua vida.

A fogueira lança ao alto suas chispas e espalha luz alaranjada, que faz dançar as sombras dos que se reúnem em torno dela. O dia já está bem para trás; as sortes já foram lidas e aqueles homens de tez azeitonada tomam seus violinos e penetram noite a dentro a cantar e a acompanhar os dançarinos, que vão ganhando vivacidade e ardor. À medida que o fogo vai esmoecendo, a música vai-se tornando lânguida, passando a exprimir os sonhos, a vida e a grande tristeza que muitas vezes esse povo sente e compreende. Melancolia nas cordas que morrem com a última fagulha da fogueira. Todos se afastam e vão deleitar-se sob as estrelas, para se erguerem com os primeiros raios de sol a aquecê-los e a afastar as nuvens de vapor que se movem preguiçosas acima de suas cabeças.



Lado Um   

CZARDAS  (Monti)   

DANÇA HÚNGARA Nº 5 (Brahms; arr. Förster)   

RAPSODIA HUNGARA Nº 2 (Liszt; arr. Muller)   

DANÇA DE ZORBA  (Theodorakis)   

AMOR CIGANO  (Lehár)  

BALALAIKA (Posford; Maschwitz)  

Lado Dois   

DUAS GUITARRAS (Trad. Arr. Muller)   

HORA STACCATO (Dinicu; Heifetz)   

MISCHA (Roubaud; Roda)   

KOMM ZIGANY (Kalman)   

OLHOS NEGROS (Trad. arr. Foster)   

BRINCOS DOURADOS (Young; Livingston; Evans)



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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

LP CHARLES MAGNANTE PERCUSSION ITALIANO AUDIO LABORATORY

LP CHARLES MAGNANTE PERCUSSION ITALIANO

 

AUDIO LABORATORY

 

ALS 100019


Há muitas gerações a Itália vem derramando sobrê o mundo o caudaloso manancial de suas canções. As vêzes essas melodias nasceram da pena de musicistas de renome e constituíram formosas árias de suas óperas; outras vêzes foram escritas por compositores populares ou ainda, simplesmente brotaram do folclore peninsular, criadas e cantadas pelo seu próprio povo. Muitas dessas melodias italianas foram absorvidas pela correnteza da música americana e tornaram-se não raro sucessos de maior vulto em suas roupagens de adoção. Durante a última década um número cada vez maior de canções italianas entraram na hit-parade americana, popularizando-se, de São Francisco a Nova York, como já o haviam feito em Milão, Roma ou Florença.

O álbum que aqui esta apresenta uma dúzia das mais famosas canções da Itália, mas com qualquer coisa de nôvo para o nosso ouvido, de vez que reúne o virtuosismo do acordeon de Charles Magnante a uma série de arranjos com base de percussão – do que resultou um notável e fascinante show de sonoridade. Não se suponha, porém, que a graça e a beleza das canções italianas tenham sido diminuídas ou prejudicadas pelos efeitos do setor de percussão. Longe de que isso aconteça, êsses efeitos ajudam o acordeon de Magnante, aumentando o interêsse de seus solos e fazendo de todo o LP uma deliciosa experiência musical em tôrno de algumas das mais famosas e românticas melodias da Itália.

Charles Magnante é há longo tempo considerado o mais notável acordeonista dos Estados Unidos, e todos os seus álbuns para a Grand Award resultaram em outros tantos Best Sellers. Neste que agora é lançado êle se apresenta no melhor de sua forma, oferecendo-nos solos maravilhosos, pela expressão e pela técnica dentro dos ritmos quentes insinuantes de percussão. Por trás de Magnante estão alguns dos maiores músicos americanos formando um conjunto que inclui bandolim, piano, baixo, guitarra e quatro percussionistas. Um dos muitos atrativos de “Percussion Italiano” reside nas engenhosas variações de seus arranjos. Êsses artifícios, simples na aparência mas exigindo muita habilidade, aumentam o interêsse de cada canção, fazendo com que todo o álbum se transforme numa sucessão de instantes musicais deliciosos. Sendo que a cada melodia é dado um atrativo rítmico diferente e especial.

ARRIVEDERCI ROMA apresenta uma combinação de acordeon, bandolim e guitarra dentro de um empolgante fraseado rítmico. CIAO CIAO BAMBINA começa com um ligeiro e saboroso show de bongô, passando depois a um delicioso e suave solo de guitarra. MAMMA apresenta uma longa e magnífica introdução de bateria, e SICILIAN TARANTELLA é uma mistura de tarantela com ritmos de marcha. O lirismo de DOMANI e a alegria de MARINA misturam seu acent mediterrâneo com ritmos de swing e conga, ao lado de uma versão a um só tempo cálida e doce de COME PRIMA. Nessas como nas outras faixas, o saboroso toque da percussão, junto a performance magistral do acordeon de Charles Magnante, faz dêste álbum uma primorosa dádiva musical em que a magia da Itália se funde com os novos e irresistíveis sons que pode contar a moderna orquestração.

FACE A

ARRIVEDERCI, ROMA 

CIAO CIAO, BAMBINA

TI PI TIN

MAMMA

SERENADE IN THE NIGHT

SICILIAN TARANTELLA

 

FACE B

DOMANI

MARINA

COME PRIMA

SPERANZE PERDUTE (LOST HOPES)

LEGEND OF LOVERS

JUST SAY I LOVE HER (KALMANOFF)


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domingo, 7 de dezembro de 2008

LP COMO NASCEU O RIO AMARAL NETTO EDIÇAO ESPECIAL CENTENARIO


LP COMO NASCEU O RIO

Pesquisa, Script, Produção e Direção Geral

AMARAL NETTO

O REPORTER DA HISTORIA

EDIÇAO ESPECIAL IV CENTENARIO


Levantemos a cidade, que ficará por memória do nosso heroísmo e exemplo de valor às vindouras gerações, para ser a rainha das províncias e o empório das riquezas do mundo” Estácio de Sá.

Do descobrimento da baía de Guanabara, em 1º de janeiro de 1502, à morte do jovem capitão Estácio de Sá, em 20 de fevereiro de 1567, êste disco é uma evocação – e uma homenagem ao IV Centenário da Cidade.

Em José de Anchieta, Varnhagen, Balthazar da Silveira Lisbôa, Manoel da Nóbrega, Frei Vicente do Salvador, além de outros, buscamos as fontes de informação desta obra.

No morro Cara de Cão (São João); na Ilha de Sergipe (Villegagnon) ou em Uruçumirim (Flamengo) – na côrte da França, ou em Lisbôa; em Évora ou Almeirim, ouvindo “Como nasceu o Rio”, vivemos, como se lá estivéssemos, a história dos primórdios da cidade.

E na voz de alguns dos melhores locutores, narradores, repórteres e atôres de rádio e TV, sentimos, como se vivos fôssem, lutando, sofrendo, vivendo e morrendo, os homens que, com a cruz e a espada, com lanças e flexas, permitiram que na Guanabara se plantasse a semente da mui leal e heróica cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro.

Entremos nessa máquina do tempo. E ouçamos ao vivo, as notícias, reportagens e entrevistas, que contam com emoção e na mais moderna técnica da imprensa falada, COMO NASCEU O RIO.

1565 / 1965

Consultoria histórica

Professôres: Jayme Coelho – Maciel Pinheiro

Direção:Floriano Faissal

Sonofonista: Lourival Faissal

Sonoplasta: Jorge de Oliveira

Locutores e repórteres: Alberto Cury, Carlos Frias, Heron Domingues, Luiz Jatobá e Oswaldo Sargentelli.

Protagonistas:

Ayrton Cardoso. Carlos Leão

Castro Gonzaga. Calos Marques

Domício Costa. Domingos Martins

Ênio Santos. Juraciara Diávoco

Milton Rangel. Mario Monjardim

Milton Valério. Rafael de Almeida

Walter Alves. Roberto Faissal

Voz de Estácio de Sá: Roberto Faissal

O FUNDO MUSICAL da proclamação (resumida) de Estácio de Sá, é a canção de guerra dos tamoios, gravada por VILLA LÔBOS em 1939 e escrita no século XVI pelo francês Jean de Lery, no Rio.

Gravado no Stúdio “F” Rio de Janeiro.

Prensado nas INDUSTRIAS ELETRICAS E MUSICAIS FABRICA ODEON S.A São Paulo.

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

LP ROSA DE OURO TRILHA SONORA DO ESPETACULO MUSICAL 1965 MONO ODEON

 

LP ROSA DE OURO TRILHA SONORA DO ESPETACULO MUSICAL

 

1965

 

ODEON MOFB 3430

 

MONO

 

CLEMENTINA DE JESUS ARACI CORTES E CONJUNTO ROSA DE OURO

ELTON MEDEIROS, JAIR DO CAVAQUINHO, NELSON SARGENTO, NESCARZINHO DO SALGUEIRO, PAULINHO DA VIOLA

Participarão também desta gravação: DINO E MEIRA, TIAO MARINHO, MARÇAL, CANHOTO, TIAO E MARIO E CARLOS POYARES. 


Sendo a maior contribuição da nossa música popular ao teatro, e vice-versa, “Rosa de Ouro” aponta também o caminho para que se consagre o casamento definitivo entre os dois: o caminho da simplicidade e da vontade de procurar o que há de melhor neste canteiro de arte popular bela e pura que é o Rio de Janeiro. De “Rosa de Ouro”, o magnifico espetáculo que o poeta Herminio Bello de Carvalho idealizou e dirigiu e que Kleber Santos produziu para o Teatro Jovem, há muita coisa que se dizer: revelou, aos 63 anos, uma das mais autênticas e talentosas cantoras brasileiras, Clementina de Jesus; possibilitou o reencontro com o público da maior estrêla de revista dos nossos palcos, Aracy Côrtes; e lançou o mais representativo conjunto vocal dos morros cariocas (é formado por compositores das escolas de samba Estação Primeira, Portela, Acadêmicos do Salgueiro e Aprendizes de Lucas). Muita coisa a mais seria para dizer sôbre “Rosa de Ouro”, mas a Odeon se encarregou de exprimir-se melhor, dando uma bela síntese do espetáculo neste disco, e a imprensa carioca já usou todos os adjetivos possíveis para demonstrar o seu valor.

Sergio Cabral.

“Um dos mais belos espetáculos da cidade, no momento” (Eneida, Diário de Noticias) - “Um avanço na conquista de uma arte eminentemente brasileira” (Antonio Olinto, O Globo) - “Rosa é de ouro mesmo. É um retrato vibrante da música carioca e daqueles que cultivam e sustentam no seio do povo” (J.J & J. Correio da Manhã) - “Não percam este espetáculo, pois durante mais 400 anos não haverá outro igual” (Hugo Dupin, Diário de Noticias) - “Em matéria de musical, sôbre o samba, é incomparável” (Hélio Fernandes, Tribuna da Imprensa) - “O espetáculo é vivamente aconselhável a todos os que acreditam na música” (Renzo Massarani, Jornal do Brasil) - “Espetáculo de excepcional valor por sua fidelidade à música brasileira, e ao samba em especial” (José Carlos Rêgo, Última Hora) - “Aracy Côrtes reaparece magnifica. É comovente o seu desembaraço, diante da emoção mal disfarçada da platéia” (José Carlos Oliveira, Jornal do Brasil) - “Rosa de Ouro” desabrocha hoje, glorificando a música popular brasileira. (Jota Efegê, O Jornal) - “O que é bom já nasce feito, e Rosa de Ouro já estreou dando o que falar. (revista Visão) – É mais brasileiro o que se vê em espetáculos como Rosa de Ouro que qualquer desfile carnavalesco em passarela de avenida” (Luisa Barreto Leite, Jornal do Commércio) - “Um espetáculo que merece ser assistido por todos os que têm algum carinho pela música popular brasileira” (Mauro Ivan / Juvenal Portella, Jornal do Brasil) - “O que lhes posso dizer sôbre a interpretação dessa fabulosa Aracy Côrtes? Possui uma força prodigiosa que – tenho a certeza – só as grandes atrizes possuem” (Fausto Wolff, Tribuna da Imprensa) - “Não nos parece exagerado dizer que, através do ensino da música popular carioca, Rosa de Ouro nos ensina uma matéria bem mais ampla: a de melhor conhecer e amar a terra e o povo do Rio de Janeiro” (Yan Michalski, Jornal do Brasil) - “Uma Rosa que vale ouro. Uma rosa tão rara numa época de alienação e mediocridade, uma rosa de ouro dessas não pode morrer tão cedo” (J. Ramos Tinhorão, Diário Carioca) - “Surpreendente a interpretação de Os Rouxinóis por Aracy Côrtes” (Mário Cabral, Tribuna da Imprensa) - “Quem quiser descobrir o samba puro, terá que ir uma noite dessas ao Teatro Jovem. Aracy e Clementina: são duas rainhas no espetáculo, que recomendo como capaz de proporcionar as mais gratas satisfações neste inicio de temporada” (Geraldo Queiroz, O Globo) - “É uma verdadeira ressurreição da mais genuína música popular brasileira o que vem suscitando Herminio Bello de Carvalho no Teatro Jovem” (Eurico Nogueira França, Correio da Manhã).


OBS: No espetáculo, servindo de elementos de ligação entre os números musicais, foram transmitidos depoimentos nas vozes de Almirante, Cartola, Carlos Cachaça, Donga, Ismael Silva, Pixinguinha, Sérgio Pôrto, Mário Cabral, Sérgio Cabral, Lúcio Rangel e Jota Efegê.

FACE A

ROSA DE OURO

(Herminio Bello de Carvalho - Elton Medeiros - Paulinho da Viola)

QUATRO CRIOULOS

(Elton Medeiros - Joacyr Santana)

DONA CAROLA

PAM PAM PAM

(Nelson Cavaquinho - Norival da Bahia - Walto Feitosa)

(Paulo da Portela)

SENHORA RAINHA

(H. Villa Lobos - Herminio Bello de Carvalho)

AI YOYO (LINDA FLOR)

(H. Vogeler - Luiz Peixoto - Marques Pôrto)

OS ROUXINOIS

(Lamartine Babo)

JURA

(Sinhô)

 

FACE B

ESCURINHO

(Geraldo Pereira)

SE EU PUDESSE

(Jose Gonçalves - Germano Augusto)

NEM E BOM FALAR

(Ismael Silva - Francisco Alves - Nilton Bastos)

SOBRADO DOURADO

(Folclore)

CLEMENTINA CADE VOCE?

(Elton Medeiros)

BENGUELE / BOI NAO BERRA / SIA MARIA REBOLO / MAPARAEMA

(Folclore)

NASCESTE DE UMA SEMENTE

(José Ramos)

BATE CANELA

(Folclore)

SEMENTE DO SAMBA

(Hélio Cabral)

ROSA DE OURO 

(Herminio Bello de Carvalho - Elton Medeiros - Paulinho da Viola)


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