LP JAIR RODRIGUES - ANTOLOGIA DA SERESTA
PHILIPS 6349416
1979
SERESTA OU SERENATA
De início, serenata era a desgnação que se dava a um tipo de música, instrumental ou cantada, executada ao ar livr, de noite, ao sereno. Uma prática vinda de muitos séculos atrás, usada em vários países de este mundo, cultivada por todos os povos históricos e que o Brasil também adotou.
Num plano artístico mais elevado, há vários exemplos de serenatas, como a da ópera "D. Giovanni" de Mozart; a famosa "Serenata" de Toselli e mesmo a conhecidíssima "Serenata", de Schubert, que boa parte da geração deste século aprendeu por causa de um filme de sucesso: "Sinfonia Inacabada".
Mas, un dia, a palavra passou a ser aplicada, quase que exclusivamente, como significado de concerto vocal debaixo da janela de alguém.
Na segunda metade do século XIX, a serenata podia ser até considerada uma instituição, a percorrer residencias, cujas portas se abriam, aos seresteiros, para a ceia improvisada ou para uma taça de bom vinho. Mandava a boa ética que a familia homenageada com uma serenata aguardasse o término da primeira modinha, para, inicialmente, abrir as janelas e, depois, a porta principal, num convite a que todos entrassem e continuassem o concerto na sala de visitas, que era o recinto nobre.
O tempo foi mudando as coisas. O progresso dos grandes centros urbanos fez com que a serenata fosse desaparecendo, embora não tenha acabado de todo, pois perdura em cidade mais calmas, onde a vida caminha a passos vagarosos, tranquilos, descansados.
Cantar sob a janela da mulher amada é um hábito remotíssimo, um ritual romantico que nunca se apagará e é bem provavel até que, nas noites de luar da atualidade, muitas almas sentimentais, na cidade grande, lamentem não poder sair as ruas, violão colado ao peito, voz solta da garganta, a renovar juras de amor em forma de canção.
Como o romantismo não acaba, porque é impossivel que o amor desapareça da face da Terra, a serenata passou a ser conhecida agora por um sinonimo seu, seresta, que permite que a música seja tanto a que se usa ao sereno, ao ar livre, como a que se faz em recinto fechado, numa sala de estar de apartamento por exemplo, bastando que haja alguem capaz de cantar modinhas, valsas, canções ou até mesmo samba-canção, que passou a ser o legítimo sucessor artístico dos gêneros românticos de outrora.
Uma demonstração de que o espirito da serenata permanece vivo e autêntico está nas melodias compostas nes Século XX, dentro da linha estruturais do romantismo, embora elas se atualizem em respeito aos padrões em uso ao tempo de cada uma; em respeito a linguagem poética que se renova sempre e mesmo em função de novos modelos melodicos e harmônicos que passam a ser adotados. É preciso considerar e entender cada música seresteira segunda sua época. Hoje, fala-se diferente e canta-se diferente do que se falava ou cantava nos anos vinte ou trinta. Também a serenata dos anos vinte ou trinta era diferente da seresta de agora. Mas o espírito é, absolutamente, o mesmo!
Não há como duvidar que "ùltima Estrofe", "Malandrinha", "Chuá Chuá", "A Voz do Violão", "Ave Maria", sejam músicas repassadas de sentimentalismo. Nem que "Chão de Estrelas", "Labios Que Beijei", "Boa Noite Amor", `Última Inspiração", "Patativa", "Número Um", também não estejam impregnadas de lirismo. "Minha Casa", "Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda", "Maria Bethânia", "Tres Lagrimas" e, mais recentemente, "Gente Humilde", são manifestações altamente românticas.
Se, de início, a serenata era uma prática natural de quem tocava e cantava ao ar livre, ao sereno, agora, com as imposiçoes do progresso, a vez é da seresta, un sinônimo usado por quem canta e toca em qualquer recinto, por quem mantem viva a chama de um gênero que começou antes dos trovadores da Idade Média, que o Brasil adotou e deu personalidade própia a parti de Domingos Caldas Barbosa, precursor de um hábito que nunca sai de moda. Muda de aparência, de nome, mas não morre. Serenata ou seresta, pouco importa, é a alma brasileira a expandir sentimentalismo.
PAULO TAPAJOS.
EM SE TRATANDO DE JAIR RODRIGUES INTERPRETANDO SERESTA
Ora, direis, Jair Rodrigues cantando seresta!?! Pois fique o belo amigo esclarecido que o que tem a seu lado é um Senhor Cantor bem entoado, capaz de muito mais que tal, não fosse o dito cujo gênero musical preferência maior no seu coração de infancia militante nas ásperas labuta da vida.
Isto posto, haveria ainda a se dizer que, apesar do consenso geral em se tratar JAIR RODRIGUES DE OLIVEIRA como (e apenas um sambista, temos que dar a mão a palmatória e verificarmos estarmos diante de um gigante do canto seresteiro (ou serenático, como podemos atestar diante da matéria adrede alhures, de Paulo Tapajós, sobre o assunto).
A idéia de tal empreendimento não é nova. Pelas intençoes de ambos: gravadora e artista, este longa-duração ja bem poderia estar nas mãos do prezado discófilo a algum tempo atrás. Por premência de tempo, oportunidade e astral, somente agora nos é dada a oportunidade única de apreciarmos o que de mais íntimo, sentimental e romântico existe no cantor Jair Rodrigues. Há em cada interpretação uma entrega profunda, uma busca inconsciente, uma proposta irrecusavelque o talento & engenho desse humilde e iluminado operário do canto popular brasileiro nos oferecem nas diversas faixas deste LP.
"Finalmente o disco dos meus sonhos!". Estas foram as palavras que Jair proferiu ao terminar a gravação da última música.
Esperemos também que estas sejam as palavras daqueles que porventura venham a ouvir esta seleção, impiedosamente escolhida entre as melhores canções do chamado "repertorio seresteiro". Sobre o acompanhamento musical opou-se pelo ingenuamente óbvio: Violão de sete cordas, violão de seis, cavaquinho, bandolim, flauta e clarineta. Variando a quantidade de acordo com as necessidades: em "Gente Humilde" apenas um violão e aumentando o número de instrumentos nas demais cançoes.
Importante, para não dizer genial, foi a participação de Luiz Roberto nos arranjos, direção musical e violão de seis cordas (em algumas faixas).
Apesar de ter sido participante da fase nº 2 de "Os Cariocas", um dos maiores conjuntos vocais de todos os tempos (reconhecidamente moderno e avançado), Luiz Roberto sempre foi confessadamente ardente adepto das serestas, gênero bastante diverso daquele apresentado pelo conjunto. A comprovação disto é seu maravilhoso trabalho neste disco, devidamente apoiado por músicos do quilate de Joel (do bandolim) Nascimento (gentilmente cedido pela EMI-ODEON), Dino (violão de 7 cordas), Meira (violão de seis), Canhoto (Cavaquinho), Copinha (Flauta) e Abel Ferreira (clarineta).
Um disco realmente bem intencionado, bem produzido / gravado (modéstia a parte) e interpretado, para tinhosão nehum botar defeito!
É a idéia geral.
ARMANDO PITTIGLIANI.
De início, serenata era a desgnação que se dava a um tipo de música, instrumental ou cantada, executada ao ar livr, de noite, ao sereno. Uma prática vinda de muitos séculos atrás, usada em vários países de este mundo, cultivada por todos os povos históricos e que o Brasil também adotou.
Num plano artístico mais elevado, há vários exemplos de serenatas, como a da ópera "D. Giovanni" de Mozart; a famosa "Serenata" de Toselli e mesmo a conhecidíssima "Serenata", de Schubert, que boa parte da geração deste século aprendeu por causa de um filme de sucesso: "Sinfonia Inacabada".
Mas, un dia, a palavra passou a ser aplicada, quase que exclusivamente, como significado de concerto vocal debaixo da janela de alguém.
Na segunda metade do século XIX, a serenata podia ser até considerada uma instituição, a percorrer residencias, cujas portas se abriam, aos seresteiros, para a ceia improvisada ou para uma taça de bom vinho. Mandava a boa ética que a familia homenageada com uma serenata aguardasse o término da primeira modinha, para, inicialmente, abrir as janelas e, depois, a porta principal, num convite a que todos entrassem e continuassem o concerto na sala de visitas, que era o recinto nobre.
O tempo foi mudando as coisas. O progresso dos grandes centros urbanos fez com que a serenata fosse desaparecendo, embora não tenha acabado de todo, pois perdura em cidade mais calmas, onde a vida caminha a passos vagarosos, tranquilos, descansados.
Cantar sob a janela da mulher amada é um hábito remotíssimo, um ritual romantico que nunca se apagará e é bem provavel até que, nas noites de luar da atualidade, muitas almas sentimentais, na cidade grande, lamentem não poder sair as ruas, violão colado ao peito, voz solta da garganta, a renovar juras de amor em forma de canção.
Como o romantismo não acaba, porque é impossivel que o amor desapareça da face da Terra, a serenata passou a ser conhecida agora por um sinonimo seu, seresta, que permite que a música seja tanto a que se usa ao sereno, ao ar livre, como a que se faz em recinto fechado, numa sala de estar de apartamento por exemplo, bastando que haja alguem capaz de cantar modinhas, valsas, canções ou até mesmo samba-canção, que passou a ser o legítimo sucessor artístico dos gêneros românticos de outrora.
Uma demonstração de que o espirito da serenata permanece vivo e autêntico está nas melodias compostas nes Século XX, dentro da linha estruturais do romantismo, embora elas se atualizem em respeito aos padrões em uso ao tempo de cada uma; em respeito a linguagem poética que se renova sempre e mesmo em função de novos modelos melodicos e harmônicos que passam a ser adotados. É preciso considerar e entender cada música seresteira segunda sua época. Hoje, fala-se diferente e canta-se diferente do que se falava ou cantava nos anos vinte ou trinta. Também a serenata dos anos vinte ou trinta era diferente da seresta de agora. Mas o espírito é, absolutamente, o mesmo!
Não há como duvidar que "ùltima Estrofe", "Malandrinha", "Chuá Chuá", "A Voz do Violão", "Ave Maria", sejam músicas repassadas de sentimentalismo. Nem que "Chão de Estrelas", "Labios Que Beijei", "Boa Noite Amor", `Última Inspiração", "Patativa", "Número Um", também não estejam impregnadas de lirismo. "Minha Casa", "Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda", "Maria Bethânia", "Tres Lagrimas" e, mais recentemente, "Gente Humilde", são manifestações altamente românticas.
Se, de início, a serenata era uma prática natural de quem tocava e cantava ao ar livre, ao sereno, agora, com as imposiçoes do progresso, a vez é da seresta, un sinônimo usado por quem canta e toca em qualquer recinto, por quem mantem viva a chama de um gênero que começou antes dos trovadores da Idade Média, que o Brasil adotou e deu personalidade própia a parti de Domingos Caldas Barbosa, precursor de um hábito que nunca sai de moda. Muda de aparência, de nome, mas não morre. Serenata ou seresta, pouco importa, é a alma brasileira a expandir sentimentalismo.
PAULO TAPAJOS.
EM SE TRATANDO DE JAIR RODRIGUES INTERPRETANDO SERESTA
Ora, direis, Jair Rodrigues cantando seresta!?! Pois fique o belo amigo esclarecido que o que tem a seu lado é um Senhor Cantor bem entoado, capaz de muito mais que tal, não fosse o dito cujo gênero musical preferência maior no seu coração de infancia militante nas ásperas labuta da vida.
Isto posto, haveria ainda a se dizer que, apesar do consenso geral em se tratar JAIR RODRIGUES DE OLIVEIRA como (e apenas um sambista, temos que dar a mão a palmatória e verificarmos estarmos diante de um gigante do canto seresteiro (ou serenático, como podemos atestar diante da matéria adrede alhures, de Paulo Tapajós, sobre o assunto).
A idéia de tal empreendimento não é nova. Pelas intençoes de ambos: gravadora e artista, este longa-duração ja bem poderia estar nas mãos do prezado discófilo a algum tempo atrás. Por premência de tempo, oportunidade e astral, somente agora nos é dada a oportunidade única de apreciarmos o que de mais íntimo, sentimental e romântico existe no cantor Jair Rodrigues. Há em cada interpretação uma entrega profunda, uma busca inconsciente, uma proposta irrecusavelque o talento & engenho desse humilde e iluminado operário do canto popular brasileiro nos oferecem nas diversas faixas deste LP.
"Finalmente o disco dos meus sonhos!". Estas foram as palavras que Jair proferiu ao terminar a gravação da última música.
Esperemos também que estas sejam as palavras daqueles que porventura venham a ouvir esta seleção, impiedosamente escolhida entre as melhores canções do chamado "repertorio seresteiro". Sobre o acompanhamento musical opou-se pelo ingenuamente óbvio: Violão de sete cordas, violão de seis, cavaquinho, bandolim, flauta e clarineta. Variando a quantidade de acordo com as necessidades: em "Gente Humilde" apenas um violão e aumentando o número de instrumentos nas demais cançoes.
Importante, para não dizer genial, foi a participação de Luiz Roberto nos arranjos, direção musical e violão de seis cordas (em algumas faixas).
Apesar de ter sido participante da fase nº 2 de "Os Cariocas", um dos maiores conjuntos vocais de todos os tempos (reconhecidamente moderno e avançado), Luiz Roberto sempre foi confessadamente ardente adepto das serestas, gênero bastante diverso daquele apresentado pelo conjunto. A comprovação disto é seu maravilhoso trabalho neste disco, devidamente apoiado por músicos do quilate de Joel (do bandolim) Nascimento (gentilmente cedido pela EMI-ODEON), Dino (violão de 7 cordas), Meira (violão de seis), Canhoto (Cavaquinho), Copinha (Flauta) e Abel Ferreira (clarineta).
Um disco realmente bem intencionado, bem produzido / gravado (modéstia a parte) e interpretado, para tinhosão nehum botar defeito!
É a idéia geral.
ARMANDO PITTIGLIANI.
Lado 1
BOA NOITE AMOR (Jose Maria de Abreu - Francisco Mattoso)
Jose Maria de Abreu - (1911-1966) - Pianista, viveu algum tempo fazendo demostração nas lojas de música, para os que queriam comprar "partes de piano". Compositor, especializou-se nas valsas sentimentais. "Boa Noite" é uma das mais belas.
Francisco Mattoso - (1913 -1941) - Pianista e compositor, viveu, artísticamente, a melhor fase da primeira metade do século: a década dos trinta. Deixou uma obra onde figuram, como exemplos principais, "Boa Noite Amor", e "Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda".
POPURRI:
*TRES LAGRIMAS (Ary Barroso)
Ary Barroso - (1903-1964) - No fundo, era um sentimental. Todo aquele temperamento explosivo revestia uma alma sensível e poética, cujo talento se refletia em marchinhas carnavalescas, sambas de exaltação, cançoes e valsas belíssimas. Em "Tres Lagrimas", um momento de intenso lirismo.
*CHUA, CHUA (Pedro Sá - Ary Pavão)
Pedro Sá Pereira - Ligado ao teatro de revista, numa época em que era nele que nasciam os grandes sucessos populares, sua canção Chua Chua atesta o valor de uma obra. Por causa desta canção, seu nome nunca há de ser esquecido.
Ary Pavão - Outro nome relacionado com o movimento teatral, principalmente com as revistas que fizeram a glória de artistas, músicos e autores e foram a alegria de um público fiel. A letra de Chua Chua é dele. Era jornalista e romancista.
*MALANDRINHA (Freire Jr)
Freire Júnior - (1881 - 1956) - Teatrólogo de renome, poeta e compositor, contrubuiu para o teatro musicado, com quase 120 peças, dentre as quais a revista A Malandrinha, levada a cena no Teatro S. Jose, em 1928 cuja canção titulo passou a ser um clássico da serenata brasileira.
LABIOS QUE BEIJEI (Leonel Azevedo - J Cascata)
Leonel Azevedo (1908) - Sonhou ser engenheiro, não pôde. Foi parar na Telefônica e lá ficou 35 anos. Menino, começou a fazer versos e tocar violão. Cresceu, foi para a Radio, cantou e compôs. Tem nome maiusculo na música brasileira por causa de Labios que Beijei e de muitos outros sucessos.
J. Cascata (1912-1961) - Chamava-se Alvaro Nunes. O apelido veio dos tempos em que aprendia a falar e mal conseguia pronunciar a palavra "cascata" , encantado pela fonte da praça. O "J" foi adotado quando se tornou compositor, cuja fama cresceu a partir de Labios Que Beijei.
ULTIMA INSPIRAÇÃO (Peterpan)
Peterpan - (1911) - José Fernandes de Paula, compositor e pianista, destacou-e na área do samba, da marcha, da toada, mas assinou tambem canções e valsas sentimentais, como Ultima Inspiração, indispensável numa boa seresta.
A VOZ DO VIOLAO (Francisco Alves - Horacio Campos)
Francisco Alves (1898 - 1952) -Cantar era seu legítimo destino. Compor foi uma consequencia. Tanto o cantor como o compositor foram expressões de uma época histórica, que nos deixou o eco de uma voz linda e de uma canção eterna; A Voz do Violão.
Horacio Campos (1892 - 1933) - Sua inclusão no terreno da música pode ser avaliada, quase que exclusivamente, por ter escrito os versos de A Voz do Violão, para uma peça de teatro da Companhia Jardel Jércolis. O bastante para seu nome ficar na História.
GENTE HUMILDE (Garoto - Chico Buarque - Vinicius de Moraes)
Garoto (1915 - 1955) Anibal Augusto Sardinha ficou sendo conhecido pelo apelido porque, ainda garoto, tocava qualquer instrumento de corda. Não conheceu o sucesso de Gente Humilde, juntamente com Vinicius de Moraes
Chico Buarque (1942) Um dos mais amplos talentos da nova geração. Bom compositor, bom poeta. Tinha quase treze anos, quando Garoto morreu e já era adulto quando escreveu os versos de Gente Humilde, juntamente com Vinicius de Moraes.
Vinicius de Moraes (1913) Desde menino, faz versos. Formou-se em Direito, seguiu a carreira diplomática, mas deixou tudo pela poesia e pela música popular. Destacou-se ao tempo da bossa-nova, criou, inovou, fez-se ídolo. Os versos de Gente Humilde são dele e do Chico Buarque.
Lado 2
EU SONHEI QUE TU ESTAVAS TAO LINDA (Lamartine Babo - Francisco Mattoso)
Lamartine Babo (1904-1963) Fez humorismo, mas era um romântico. Dotado de grande fertilidade artística, era facil, para ele, ou compor melodias de alto sentido popular...marchinhas de carnaval, sambas, marcha de ranchos e valsas lindas, como Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda.
Francisco Mattoso (1913 - 1941) Pianista e compositor, viveu, artísticamente, a melhor fase da primeira metade do século: a década dos trinta. Deixou uma obra onde figuram, como exemplos principais, "Boa Noite Amor", e "Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda".
POPURRI:
*A ULTIMA ESTROFE (Candido das Neves "Indio")
Candido das Neves (1899 - 1934) Também era chamado de Indio, filho do famoso Eduardo das Neves, herdou a veia artistica do pai e foi um dos grandes poetas da nossa música, ao nivel de Catulo e Hermes Fontes. A ùltima Estrofe é um clássico da seresta.
*MARIA BETHANIA (Capiba)
Capiba (1904) Lourenço da Fonseca Barbosa é uma força viva da música pernambucana. Dedicado ao frevo e maracatu, compôe em vários gêneros e a canção que ele escreveu, em 1944 para a peça de Mario Sette. Senhora de Engenho, deu ensejo a que muita criança se batizasse com o nome de Maria Bethania.
*MINHA CASA (Joubert de Carvalho)
Joubert de Carvalho (1900-1977) Fez questão de ser médico e exerceu a profissão. Mas nunca se afastou da música, que começou a compor com oito anos. Há quem diga que suas melodias são elegantes. É talvez, uma forma de definir a beleza de canções como Minha Casa.
CHAO DE ESTRELAS (Orestes Barbosa - Silvio Caldas)
Orestes Barbosa (1893 - 1966) Foi o que se constuma chamar de "jornalista brilhante e combativo", que começou na revisão do jornal de Rui Barbosa. Um nome eternamente ligado a música seresteira, por causa de um repertorio que inclui, entre outras, Chão de Estrelas.
Silvio Caldas (1908) Aos cinco anos cantou em público pela primera vez. Pode se dizer que não parou mais de cantar. É uma legenda viva de nossa música. E de tudo que compôs bastaría Chão de Estrelas para consagrá-lo.
PATATIVA (Vicente Celestino)
Vicente Celestino (1894 - 1968) O imenso prestigio do cantor de voz possante e bela ganhou amplos horizontes a partir do momento em que ele passou a ser. também , autor e ator teatral, artista de cinema e compositor. E no campo da composição, Patativa foi um sucesso definitivo.
NUMERO UM (Mario Lago - Benedito Lacerda)
Mario Lago (1911) Começou escrevendo para o teatro. Depois, fez letras para muita música. Radioator, novelista, ator de teatro e de televisão, compositor, um talento múltiplo. Tem composiçoes somente dele, mas é nas letras que esta seu forte, com imagens poéticas encantadoras. A valsa Número Um, por exemplo.
Benedito Lacerda (1903 - 1958) Grande flautista! Criou o grupo "Gente do Morro" que se transformaria mais tarde e com outro nome, no maior conjunto regional de seu tempo. Uma obra vastíssima de choros, sambas, marchas e música romântica, como a valsa Numero Um.
AVE MARIA (Erothides de Campos)
Erothides de Campos (1896 - 1945) Professor de química, diretor da Escola Normal de Piracicaba, orientador da Culura Artística de lá, sua grande vocação era a música. Flautista, compositor, deixou muitas melodias, mas nenhuma tem a fama de Ave Maria.
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tiendacafeconche@gmail.com
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Um comentário:
Estou querendo adquirir um Cd contendo as musicas do Lp do Jair Rodrigues "Antologia da seresta".Gostaria de saber o que devo fazer?
Eduardo P ramos
eurekanatal@yahoo.com.br
84 XX 3211 3852.
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