domingo, 31 de janeiro de 2010

ALBERT EINSTEIN COMO VEJO O MUNDO NOVA FRONTEIRA

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Café Con Che © Records
ALBERT EINSTEIN COMO VEJO O MUNDO

Editora NOVA FRONTEIRA

ISBN 9788520904268

18º impr.

2008

216 pag.

Minha condição humana me fascina. Conheço o limite de minha existência e ignoro por que estou nesta terra, mas às vezes o pressinto. Pela experiência cotidiana, concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso e a felicidade deles me condicionam inteiramente, mas ainda para outros que, por acaso, descobri terem emoções semelhantes às minhas.

E cada dia, milhares de vezes, sinto minha vida – corpo e alma – integralmente tributária do trabalho dos vivos e dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não paro de receber. Mas depois experimento o sentimento satisfeito de minha solidão e quase demonstro má consciência ao exigir ainda alguma coisa de outrem. Vejo os homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica a não ser pela violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural, de corpo e de espírito.

Recuso-me a crer na liberdade e neste conceito filosófico. Eu não sou livre, e sim às vezes constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções intimas. Ainda jovem, fiquei impressionado pela máxima de Schopenhauer: “O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer”; e hoje diante do espetáculo aterrador das injustiças humanas, esta moral me tranqüiliza e me educa. Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade...

QUAL O SENTIDO DA VIDA?

Tem um sentido a minha vida? A vida de um homem tem sentido? Posso responder a tais perguntas se tenho espírito religioso. Mas, “fazer tais perguntas tem sentido?” Respondo: “Aquele que considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver”.

COMO JULGAR UM HOMEM?

De acordo com uma única regra determino o autêntico valor de um homem: em que grau e com que finalidade o homem se libertou de seu EU?

PARA QUE AS RIQUEZAS?

Todas as riquezas do mundo, ainda mesmo nas mãos de um homem inteiramente devotado à idéia do progresso, jamais trarão o menor desenvolvimento moral para humanidade. Somente seres humanos excepcionais e irrepreensíveis suscitam idéias generosas e ações elevadas. Mas o dinheiro polui tudo e degrada sem piedade a pessoa humana. Não posso comparar a generosidade de um Moisés, de Um Jesus ou de um Gandhi com a generosidade de uma Fundação Carnegie qualquer.

AS MULHERES E A GUERRA

Na minha opinião, na próxima guerra, dever-se-ia mandar para as primeiras linhas as mulheres patriotas de preferência aos homens. Isto seria pela primeira vez uma novidade neste mundo desesperado de horror infinito e , além disso, por que não utilizar os sentimentos heróicos do belo sexo de modo mais pitoresco do que em atacar um civil sem defesa?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

LP CARLOS ALBERTO O REI DO BOLERO 1993 CID

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Café Con Che © Records


LP CARLOS ALBERTO O REI DO BOLERO

1993

CID 901750




O bolero chegou no Brasil trazido pelos grandes nomes mexicanos como Pedro Vargas, Tito Guizar, Chucho Martinez Gil, Ortiz Tirado, Elvira Rios e tantos outros cartazes. E não só foi aceito com aplauso forte como também contagiou o nosso samba, obrigando-o a moderar sua cadência e se enamorar das maracás e dos agogôs. Daí Ari Barroso, ferrenho defensor da autenticidade da nossa música, ter apelidado o novo gênero de “SAMBOLERO”.
Ninguém mais importante do gênero musical do velho México que Carlos Alberto que é hoje cognominado de o REI DO BOLERO. Há muito ele vem neste destaque dianteiro na preferência do público. Ele sabe escolher com cuidado o que forma o seu repertório e nos constantes trabalhos fonográficos que tem realizado se faz notar por esta nota de boa escolha.
Carlos Alberto está presente nesta seleção que gravou na CID e em todas as interpretações ele se faz cada vez mais autêntico, de forte personalidade, repetindo as jóias raras do nosso cancioneiro.
É um grande instante de romantismo esse que nos proporciona o nosso cantor, cada vez mais original na sua forma de cantar, cada vez nos impondo a relembranças de velhos e alegres momentos de nossas vidas em estado de amor.
Fernando Lobo.

LADO A
Lama
(Aylce Chaves – Paulo Marques)
E Por Isso Que Estou Aqui
(Roberto Carlos)
A Flor e o Espinho
(G. de Brito – N. Cavaquinho – A. Caminha)
Pra Você
(Silvio Cesar)
Coração Vagabundo
(Caetano Veloso)

LADO B
Atiraste Uma Pedra
(Herivelto Martins – D. Nasser)
Agonia(Mongol)
Meu Dilema
(Adelino Moreira)
Existe Alguém
(Jair Amorim – Evaldo Gouveia)
Tortura de Amor
(W. Soriano)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

LP TRINI LOPEZ AT PJ'S RECORDED LIVE REPRISE



Educação: esse é o nosso jeito de melhorar o futuro.
Quando a LBV chamar, Atenda com o coração:DIGA SIM!

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LP TRINI LOPEZ AT PJ'S RECORDED LIVE

REPRISE
R 6093



A.E. Housman disse certa vez: “Uma linha poética é boa, quando chega a arrepiar a pele do meu rosto”
A interpretação de “This Land Is Your Land” pelo Trini Lopez Trio me provocou essa mesma sensação. O ritmo é frenético: um guitarrista “marcando” forte à maneira latina, Trini cantando, Michey Jones – hábil nos tambores – e mais Dick Brant, magnífico contrabaixista. Êles agem como legítimo estimulante. Percorreram os Estados Unidos – da California a Nova York; das Florestas de Redwood ao Golfo do México, e vocês bem pode imaginar o sucesso que alcançou Trini Lopez e suas 150 libras de “dinamite latina”, neste famoso local que é “P J’s”. Pergunta Irving Berlin: “Vocês conhecem algo melhor no gênero?”
Trini e seu trio foram contratados inicialmente pelo “P J’s” por três mêses. Apresentavam-se a cada nova noite com o mesmo vigor e entusiasmo da anterior. Como resultado dêsse grande sucesso obtido, seu contrato foi-se repetindo cada três meses, durante ano e meio.
Diferentemente de muitos conjuntos latinos que se tornaram tão desorganizados como um arranjo da 2º Rapsodia Húngara de Liszt para pandeiro e cavaquinho, mantiveram sempre o mesmo espírito de equipe, e ajudaram a elevar a categoria do “P J’s”, tornando-se tão conhecido em Los Angeles como o “Hollywood Bowl” ou as marcas de mão e pés famosos gravadas na calçada do Teatro Chinês. Grandes revelações começaram a freqüentar aquele local noturno: Bobby Darin, Jackie Cooper de “TV Hennesey Show” e Bob Fuller da série “Laramie”. Tal admiração lhes causou o estilo Trini, que frequentemente faziam com que êste os acompanhasse. Talento chama talento.
O ritmo alucinante marca registrada do “P J’s”, manifesta-se de todo modo típico na interpretação que Trini dá em “La Bamba”.
Não se dança no “P J’s”; dêsse modo seus freqüentadores podem bem observar os ardentes vocalistas com seu curioso movimento peneirado dos punhos e dos pés. Quando Trini Lopez grita “Todo mundo” não precisa repetir o convite, todos aderem.
Trini revelou especial talento ao fazer com que os que freqüentam o “P J’s” vivam intensamente as músicas. Não sei como êle consegue isso. Personalidade, talvez. De qualquer modo, com apenas 25 anos, se destacou como um grande cartaz. É possível que os fregueses não entendam as letras, como a da sarcástica “América” de West Side Story, mas aquela agitação que se ouve no fim da execução – “Mais uma vez Trini” – é um grande tributo ao seu valôr. Muitos entusiastas exibicionistas fazem côro com o cantor em “Bye Bye Blackbird” – mais para serem vistos e ouvidos por colunistas especializados (como eu). Êste memorável hábito dos ouvintes acompanharam um ritmo como o “rock”, sempre me nocauteou. Também provocam uma algazarra com “What’d I Say?”, uma explosão musical como a do último movimento da “Sagração da Primavera”, coisa típica do “P J’s”.
É um tremor vocal bastante pessoal em Trini, e que alcança real destaque em “If I Had a Hammer”, provocando em todos, aquelas exclamações de “Bis!” “Cielito Lindo” também consegue a participação dos aficionados presentes. A execução de “Granada”, um sucesso de sempre, adquire novo som; mas se você não fala o espanhol, faça como o poeta de Kalevala (épico finlandês) “Aprendi minhas canções da música de muitos pássaros e da música de muitas águas”. Não sei se há muitas águas na cidade natal de Trini; mas deve haver pássaros.
Acho que você se quedará extasiado, como eu, ante a miscelânea musical de Trini; seja êste vislumbre dos Evangelhos que é “When The Saints Go Marching In”, seja ainda pela maneira como Trini conduz a “Dança Mexicana do Chapéu” às margens do Tibre, com” Volare”.
Quanto a “Unchain My Heart”, é um lamento; um sintoma daquele mal incurável provocado pela marcação alucinante que, uma vez contraído, o conduzirá sempre de volta à “P J’s” com Trini Lopez.
Mike Connoly
Reporter de Hollywood;
“San Francisco Chronicle Syndicate”


A
AMERICA
IF I HAD A HAMMER
BYE BYE BLACKBIRD
CIELITO LINDO
THIS LAND IS YOUR LAND
WHATD I SAY

B
LA BAMBA
GRANADA
GOTTA TRAVEL ON
DOWN BY THE RIVERSIDE
MARIANNE
WHEN THE SAINTS GO MARCHING IN
VOLARE
UNCHAIN MY HEART

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

LP RAYMOND LEWENTHAL SINFONIA DE BRINQUEDO E OUTRAS BRINCADEIRAS BRILHANTISSIMO VOL 23 ANGEL 1975 TOY SYMPHONIES E OTHER FUN

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Café Con Che © Records
LP SINFONIA DE BRINQUEDO E OUTRAS BRINCADEIRAS
BRILHANTISSIMO VOL 23

1975
ANGEL 31C06385516

Toy Symphonies & Other Fun

Regidas, do piano, por
RAYMOND LEWENTHAL

Reinecke, Gurlitt & Franklin Taylor: Sinfonias de Brinquedo
Kling: Sinfonia da Cozinha
Steibelt: Três Bacanais
Méhul: Abertura burlesca





LADO 1
CARL REINECKE: SINFONIA DE BRINQUEDO (KINDERSYMPHONIE) EM DÓ Para piano, dois violinos e violoncelo com rouxinol, cuco, trompete de brinquedo, tambor, matraca, sino de pau, sino de vidro e bandeja de chá (faixas 1/4-15’57). Allegro um poço maestoso (5’45); II. Andantino (5’55); Moderato (1’48); IV. Corrida de Cavalo (Moito Vivace) (1’49).



FRANKLIN TAYLOR: ADAGIO & FINALE DA SINFONIA DE BRINQUEDO Para piano, violino e violoncelo com cuco, rouxinol, sinos, guizos, triângulo, trompete de brinquedo, tambor, bombo e pratos. (faixas 5/6 – 11’31). Adagio sostenuto (5’31); Finale (Lento-Allegro molto) (6’01).


LADO 2
HENRY KLING: SINFONIA DA COZINHA OP 445 Para piano com trompete, trompete de funil, copo de vinho, garrafa, caçarola, ferros de fogão, leiteira e tampas de lata. (faixa 1-5’57)
Para piano com pandeiro e triângulo (faixa 2-4’32) Nº 1 em sol; Nº 2 em mi bemol; Nº 3 em lá.

DANIEL STEIBELT: TRES BACANAIS OP 53 Para piano, violino e violoncelo, com cordoniz, rouxinol, triângulo, trompete de brinquedo e tambor. (faixas 3/5 – 12’00). I. Allegro con fuoco (4’38). II. Scherzo (Poco Vivace) (3’18); III. Rondo buriesco (Allegro, non troppo) (4’04).



CORNELIUS GURLIT SINFONIA DE BRINQUEDO (KINDERSYMPHONIE) EM DÓ OP
ETIENNE NICOLAS MEHUL: ABERTURA BURLESCA Para piano e violino com três mirlitons (flautas de cana), triângulo, trompete de brinquedo, tambor, matraca e assobio. (faixa 6-4’26).



RAYMOND LEWENTHAL Regendo do piano
Violino: Nathan Ross (e, em Reinecke, Marshall Sosson)
Violoncelo: Eleanor Aller – Trompetes: Malcolm McNab.
Instrumentos de brinquedo e percussão: Tom Raney (inclusive solo de pandeiro) e ainda:
Dale Anderson – Hubert Anderson – Larry Bunker – Riche Lepore – Wally Snow – George Sponhaltz.


Aqui está um disco para quem tem tudo. Música para acordar. Música para surpreender os amigos. Música para o Natal. Música para as crianças. Uma açucarada aula sobre pílula. Uma pesquisa sobre os costumes de tempos idos.
Ouça e ria!
Mas acima de tudo, e para variar, aqui está a música feliz – frívola, até mesmo tola, dirão alguns...mas quem pode negar sua felicidade? Foi escrita para ocasiões felizes, para um mundo que era próspero, seguro e certo, um tempo em que a vida de família era o centro da vida e quando a música no lar era feita no próprio lar. Vem de um tempo em que as rachaduras no reboco da sociedade eram escassamente visíveis a olho nu.
Este disco é a evocação de uma era: o século 19; e de um lugar; o lar...o lar confortável do burguês bem posto, onde as pessoas tinham lazer mas não dinheiro muito que lhes permitisse ser muito indolentes ou muito preocupados com os cuidados de superintender suas fortunas para que pudessem tratar de seus próprios entretenimentos sem recorrer a alugá-los ou pagá-los.
Há muito tempo, há cem anos ou mais, quem quer que estudasse alguma coisa estudava música. Era parte da educação. Devia ser aprendida como se aprendia o ABC. Não se estudava música soe se a pretendêssemos como profissão, nem se decidia por ela profissionalmente apenas porque se era capaz de tocar uma escala decentemente ou emitir um som agudo (como acontece cada vez mais hoje em dia).
Não...a música, o desenho, a caligrafia, a declamação, tudo isso fazia parte da educação geral daquelas classes que podiam usufruir de algum lazer para adquirir qualquer tipo de educação que fosse, complementos da cultura de uma vida civilizada. A música naqueles dias era parte de todas as ocasiões familiares, das tranqüilas noites em casa às grandes reuniões festivas, quando parentes vinham de longe e a casa se enchia de risos (bem comportados!) de crianças, do calor da lareira e de toda a felicidade que os seres humanos são capazes naqueles períodos em que as preocupações, a miséria e a tristeza podem ser afastadas, esquecidas ou escondidas em armários. A única música mecânica disponível então era a da caixa de música que ficava a um canto da sala de visitas. Toda outra música tinha que ser feita. As pessoas elevavam suas vozes em canções e criavam sons com a ajuda de seus pulmões e de seus dedos. Os compositores eram mantidos ocupados fornecendo música para atender a todas as necessidades. Desse modo veio a maioria dos LIEDER de Schubert, Schumann e Brahms, a maioria da música de câmara e para piano e quatro mãos a grande quantidade de música escrita para duas mãos.
E também desse mundo veio a música para este disco. Esta era a música de que toda a família podia participar...os mais velhos tocando em instrumentos “sérios”, tais como o piano, o violino e o violoncelo, enquanto que as crianças cuidavam do barulho organizado na forma de guinchos, pipilar, batidas e tudo mais. Algumas vezes os mais velhos assumiam todas as partes, para a alegria das crianças. Outras vezes as crianças eram bastante adiantadas para cuidar de tudo, para vasto entretenimento dos embevecidos adultos.
Assim, as sinfonias de brinquedo formam uma literatura não desconsiderável. (Os franceses as chamavam SYMPHONIES BURLESQUES, ou FOIRES DES ENFANTS – Feiras das Crianças; os Alemães as chamavam KINDERSYMPHONIEN – Sinfonia das crianças). Sua popularidade as tornou um negócio lucrativo para os editores, que vendiam não apenas a música mas também os instrumentos de brinquedo. As sinfonias de brinquedo recuam bem mais no tempo. Tanto Carl Philipp Emanuel Bach quanto Michael Haydn fizeram experiências com a idéia, e agora parece bem concludentemente provado que a “Sinfonia dos Brinquedos de Haydn” foi realmente escrita por Leopold Mozart. Uma inspiração para escrever esta espécie de música veio, no século 18, da existência de uma industria de brinquedos mundialmente famosa nas montanhas vizinhas de Salzburgo...não distante de Berchtesgaden (que, ironicamente, mais tarde se tornou abominável por ser o ninho de Adolf Hitler). Durante os longos meses de inverno os camponeses, confinados na maior parte do tempo em suas cabanas, manufaturavam toda espécie de brinquedos musicais...canto de pássaros, tambores, matracas, assobios, trompetes de brinquedo e similares. A tradição das sinfonias de brinquedo cresceu e se expandiu nos países de fala alemã por todo o século dezenove e também em outros países, ainda que nunca na mesma extensão.
Um dos meus hobbies musicais (eu os tenho muitos) tenho sido a coleção de Sinfonias de Brinquedos. As apresentadas aqui são uma seleção entre as melhores dentre muitas. Todas estas peças foram escritas com afeto, com imaginação e cuidado e, dadas as limitações de afinação dos brinquedos (os cucos são um tanto ingênuos), deve-se admitir que contém música deliciosa. As partes para os brinquedos são sempre escritas muito especificamente. Nada é AD LIBITUM ou deixado ao acaso. Pretende-se dos executantes que sigam todos os ritmos e marcações com escrupulosa atenção e as obras realmente só soam bem quando tocadas com o mesmo cuidado com que foram escritas.
A primeira vez que regi uma Sinfonia de Brinquedo foi numa apresentação beneficente de gala, há poucos anos, em Newport, o famoso lugar elegante de veraneio americano. O concerto teve lugar no “cottage” de cem aposentos dos Vanderbitts, The Breakers. Os brinquedos - bandejas, taças de vidro etc. – foram manejados por pilares do matronato de Newport. Essas formidáveis damas levaram seu trabalho muito a sério e formaram uma orquestra muito conscienciosa. No concerto cobriram-se de glória (e fizeram apenas o mínimo de entradas erradas). Outras execuções de brinquedos que dirigi, incluindo entre os executantes alguns musicistas bem conhecidos, algumas vezes tiveram menor nível artístico devido ao fato de que alguns dos executantes profissionais pareciam tem mais dificuldades em contar corretamente do que as minhas matronas de Newport.
Em Newport houve, porém , um grande desastre. Antes do primeiro ensaio foi feito um tour pelas grandes casas com o propósito de “ouvir” as taças de vidro, a fim de encontrar uma que tivesse o timbre e o tom apropriado. A dama responsável pela parte muito importante da taça, embora excelente musicista, não havia ainda dominado a técnica de operar a baqueta com um pouco mais de vigor e estilhaçou em mil pedaços uma enorme taça de cristal, muito cara e muito preciosa...pondo assim quase um fim às sinfonias de brinquedo em Newport.
Notas de RAYMOND LEWENTHAL.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

LP CLARA NUNES O CANTO DA GUERREIRA 1989 EMI

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LP CLARA NUNES O CANTO DA GUERREIRA

1989
EMI SBT
0667921771




Fazer uma coletânea de sucessos da carreira de uma artista como Clara é sempre muito difícil. Ela emplacava pelo menos três por LP. Deve ter sido um trabalho árduo para o Chiquinho Rodrigues, principalmente por ter sido um disco só. O pessoal vai sentir falta de muita coisa boa. Mas valeu – E valeu pela panorâmica que se consegue dar da obra de uma grande cantora desse país que se esquece tão rápido de seus representantes mais verdadeiros. Valeu porque se pôde resgatar gravações de inicio de carreira com a qualidade sonora bastante melhorada pelos modernos processos de restauração da avançada indústria fonográfica. Valeu porque se percebe a trajetória de seu caminho musical desde o primeiro até o último grande sucesso, passando por muitas de suas várias fazes de interpretação e mudanças de gêneros, sem perder nunca as características fundamentais da alma de sua terra.
Valeu por ser mais um disco essencialmente brasileiro, hoje tão raro no “Pais do Carnaval”. E valeu porque mais uma vez, e sempre, se pode ouvir – pra nossa satisfação e saudade – O Canto da Guerreira.
Paulo Cesar Pinheiro





A
CONTO DE AREIA
(Romildo S. Bastos – Toninho)
E BAIANA
(Fabrício da Silva – Baianinho – Enio Santos Ribeiro – Miguel Pacrácio)
ILU AYE
(Cabana – Norival Reis)
QUANDO VIM DE MINAS
(Xangô da Mangueira)
TRISTEZA PE NO CHAO
(Armando Fernandes “Mamão”)
O MAR SERENOU
(Candeia)
VOCE PASSA EU ACHO GRAÇA
(Carlos Imperial – Ataulfo Alves)



B
IJEXA
(Edil Pacheco)
A DEUSA DOS ORIXAS
(Romildo – Toninho)
CANTO DAS TRES RAÇAS
(Paulo C. Pinheiro – Mauro Duarte)
CORAÇAO LEVIANO
(Paulinho da Viola)
GUERREIRA
(João Nogueira – Paulo Cesar Pinheiro)
FEIRA DE MANGAIO
(Sivuca – Glorinha Gadelha)
PORTELA NA AVENIDA
(Mauro Duarte – Paulo César Pinheiro)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

LP SALGUEIRO APRESENTA OS MAIORES SAMBAS ENREDOS DE TODOS OS TEMPOS 1971 PHILIPS


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Café Con Che © Records

LP G.R.E.S ACADEMICOS DO SALGUEIRO APRESENTA: OS MAIORES SAMBAS ENREDOS DE TODOS OS TEMPOS

1971

PHILIPS 6349014





A idéia dêste LP é muito simples.
Nêle, a Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro presta a sua homenagem ao chamado SAMBA DE ENRÊDO, selecionando uma dúzia dos mais importantes de todos os tempos e chamando para interpretá-los alguns dos maiores nomes da nossa música popular.
Cada artista convidado procurou apresentar seu samba de acordo com sua sensibilidade. Seja no ritmo, no andamento, na dinâmica da gravação, na colocação de voz, até na própria equalização dos graves e agudos, existe a total percepção pessoal de seus intérpretes. O resultado é um excepcional documentário do poder de criação dos nossos grandes nomes da música popular, tendo como denominador comum a beleza da imorredoura expressão de arte popular que é o SAMBA ENRÊDO.

LADO 1
MANGUEIRA O Mundo Encantado de Monteiro Lobato JAIR RODDRIGUES
VILA ISABEL Iaiá do Cais Dourado MPB4
PORTELA Lendas e Mistérios da Amazônia CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
IMPERIO SERRANO Nordeste, Seu Povo, Seu Canto e Sua Glória NARA LEÃO
SALGUEIRO Chica da Silva ERASMO CARLOS
SALGUEIRO Bahia de Todos os Deuses JAIR RODRIGUES

LADO 2
IMPERIO SERRANO Tiradentes ELIS REGINA
PORTELA Lapa em Três Tempos MPB4
IMPERIO SERRANO Heróis da Liberdade JAIR RODRIGUES
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE Oropá, França e Bahia TRIO MOCOTÓ
IMPERIO DA TIJUCA Misticismo da África ao Brasil ERLON CHAVES E BANDA VENENO
SALGUEIRO Festa Para Um Rei Negro JAIR RODRIGUES

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

LP POLY SUAVEMENTE BOLEROS 1987 PHONODISC

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LP POLY SUAVEMENTE BOLEROS
Guitarra hawaiana

1987
PHONODISC 030404094




SUAVEMENTE BOLEROS é um trabalho de Poly para quem ama.
Quantas e quantas gravações foram realizadas, em quantas gravadoras, com quantos intérpretes diferentes, destes números que POLY registrou neste seu novo LP? Realmente muitas! Mas quantas com tanta qualidade, com tanto sentimento como POLY.
As músicas aqui incluídas já mereceram a atenção dos mais famosos intérpretes de quase todo o mundo. Alguns dos mais famosos cantores e instrumentistas populares já gravaram músicas como “Solamente una vez”, “Quizás, quizás, quizás”, El Reloj”, La Barca”, “Nosotros” e outras. POLY não pretende ser apenas autêntico, imprimindo ao instrumento que escolheu desta vez (guitarra hawaiana, já que domina vários, e com vários já gravou), toda aquela enorme categoria que sempre confirma a cada realização.
Neste LP vai toda a sensibilidade de que POLY é possuído, aliada as músicas que por si só traduzem romance, lembranças e amor.
POLY e quem o conhece confirma – é um sentimental incorrigível, e procura alcançar, com este seu LP, a um público símile. Este é um autêntico trabalho de POLY para quem ama.
FACE A
Toda una vida
Solamente una vez
Que te vaya bien
Tarde fría
Berceuse
Quizás…quizás…quizás…

FACE B
El reloj
La barca
Nosotros
Oración Caribe
Desesperadamente
Boa noite meu amor